Ao longo do próximo ano devem ser concluídas as obras do Boulevard, do Parque Aquático e do Tauá Resort João Pessoa. Este último, do Grupo do mesmo nome, será o primeiro a entrar em operação na Região Nordeste, após disputa entre outros estados vencida pela Paraíba, segundo afirmou o engenheiro civil e presidente da Cinep, Rômulo Polari, na quinta-feira (4) à noite na Ilha Tech, em João Pessoa, durante lançamento do Portal Paraíba Business.
“Há alguns meses eu dizia: vai acontecer, agora já está acontecendo, temos datas e o Tauá, por exemplo, já está com quase 400 empregados na obra que já está na 7ª laje”, afirmou. Indagado pelo jornalista Cândido Nóbrega sobre questões ambientais e sociais, a exemplo de invasões, Polari respondeu que as existentes nos espaços reservados para os empreendimentos propriamente ditos, foram tiradas.
Ele lembrou uma grande ação realizada no ano passado, que resultou na demolição de mais de 20 casas de segunda moradia, que não eram de pessoas hipossuficientes e que ainda remanesce de uma parcela de ocupação numa área de reserva ambiental, chamada Parque das Trilhas, mas que existe uma ação em curso ajuizada pelo Ibama.
“Em paralelo a isso, existe um grupo de 45 pescadores que está na areia da praia, propriamente dita, lá nasceu e se criou. Numa interlocução com eles e com Ministério Público Federal e gente, em uma interlocução com o Ministério Público Federal, iniciamos um diálogo para inseri-los no projeto, construindo uma Vila no Polo Turístico também, como, inclusive, um produto turístico e econômico-social”, contextualizou.
A área foi escolhida de forma consensual, a construção começará em breve e proporcionará que eles comercializem os pescados com todos esses hotéis e, aos turistas, a oportunidade de oferecer passeios na Vila, conhecerem a origem o peixe que consumiram nas refeições, num trabalho de inserção social das comunidades do entorno do projeto.
O economista Ecio Costa, que também participou da exposição sobre cenários econômicos a partir da inauguração do referido Polo, lembrou que não é possível pensar em um cenário econômico sem levar em consideração questões sociais e ambientais, até mesmo para se fazer implantação de qualquer novo negócio, principalmente os que são estruturadores, com investimentos altos e que transformam muito a região, tudo diretamente correlacionado, a mão de obra a ser contratada, que precisa ser qualificada, abrangente e inclusiva.
“E no ambiental, o Parque que será implantado, por exemplo, tem uma área verde considerável. Pelo exposto, pelo que eu vi, terá muito mais área verde do que concorrentes hoje que já estão bem consolidados no mercado. Você não consegue empreender só pensando na questão econômica pura. O social, o ambiental vem junto e, inclusive, ajudam na viabilidade do negócio também”, concluiu o profissional com mestrado, PhD e pós-doutorado em economia pela Universidade da Georgia, nos Estados Unidos.