A população da Capital pode ter acesso a consultas de fonoaudiologia nas policlínicas municipais de Jaguaribe, Mangabeira, Mandacaru, das Praias e da Pessoa Idosa, mantidas pela Prefeitura de João Pessoa. O tratamento com os fonoaudiólogos que trabalham na Rede Municipal de Saúde tem contribuído para a melhoria no desenvolvimento da fala dos usuários desses serviços.
Ofertando tratamento nas áreas de linguagem e motricidade oral, disfagia, voz e reabilitação mandibular, o serviço disponibilizado nas policlínicas é realizado de forma multidisciplinar, em parceria com outras áreas clínicas, para que o paciente seja atendido de forma adequada.
De acordo com a fonoaudióloga Emanuelle Araújo, que atua na Policlínica das Praias, o tratamento é desenvolvido de acordo com a necessidade de cada paciente. “Todos os materiais são utilizados de acordo com a demanda do paciente. Temos recursos terapêuticos infantis como brinquedos de encaixe e estimulação de linguagem, além de aparelhos usados para pacientes disfágicos, com dificuldade de deglutir”, afirmou.
“No serviço, atendo desde bebês até idosos, mas a grande incidência, atualmente, são crianças com atraso de linguagem, com trocas de letras na fala e reabilitação de pacientes de AVC”, explicou Emanuelle Araújo.
Um desses pacientes é o pequeno Asafe Batista Farias, de quatro anos de idade, está há quase um ano na terapia fonoaudiológica na Policlínica das Praias por apresentar dificuldades no desenvolvimento da fala. “Ele começou o tratamento em decorrência de um atraso de linguagem simples, por falta de estimulação. Ele não tinha contato com outras crianças e o isolamento social agravou a situação”, detalhou a especialista.
Para o pai de Asafe, o comerciante Isaías Batista Farias, a terapia tem contribuído muito para o desenvolvimento do seu filho. “Ele é um menino inteligente, mas não falava quase nada antes de chegar aqui. Agora já consegue falar palavras e tenta até puxar uma conversa. Está melhorando aos poucos”, afirmou Isaías.
Observação – A fonoaudióloga Emanuelle Araújo destaca a importância de os pais estarem atentos aos seus filhos, principalmente durante este momento de pandemia. “Tenho recebido muitas crianças que regrediram devido ao isolamento causado pela pandemia. Além disso, o comprometimento com as sessões também é de suma importância, pois só assim o paciente terá evolução”, ressaltou.
O aposentado Carlos Barbosa, 61 anos, começou o tratamento há nove meses, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e tem levado a terapia a sério com o apoio de sua esposa. “Ele só falava ‘sim’ e ‘não’, mas agora aumentou o vocabulário e quando quer alguma coisa, pede. As sessões têm sido muito importantes para a melhora dele” contou sua esposa, Ana Barbosa.
Serviço – Para ter acesso ao serviço, o paciente deve procurar a sua Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, onde será encaminhado para o atendimento com um fonoaudiólogo nas Policlínicas de Jaguaribe, Mandacaru, Mangabeira, das Praias e da Pessoa Idosa. Chegando lá, ele será avaliado pelo fonoaudiólogo para que o tratamento adequado seja iniciado.