
A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL) teria sido agredida ao menos duas vezes durante o período em que está presa na Itália. A informação foi divulgada inicialmente pelo senador Magno Malta (PL-ES) e confirmada posteriormente pela defesa da parlamentar.
Segundo Magno Malta, as agressões teriam ocorrido antes da visita de parlamentares brasileiros à ex-deputada, realizada em setembro, no Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma. Em um primeiro momento, o senador afirmou que Zambelli teria sido agredida três vezes, mas depois corrigiu a informação e disse que foram dois episódios.
Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, a defesa de Zambelli confirmou os casos de violência, mas afirmou que não houve registro formal junto às autoridades italianas. De acordo com o advogado Fábio Pagnozzi, a ex-deputada enfrentou instabilidade dentro da unidade prisional em razão da troca constante de detentas na cela em que estava.
“A cela mudava constantemente de detentas e algumas a estranhavam. Havia uma detenta que a protegia, por ser mais antiga, mas ela foi transferida para outra penitenciária”, afirmou o advogado. Após pedidos formais, Zambelli foi transferida de cela e de andar.
Durante a visita feita em setembro, nenhum dos senadores mencionou publicamente agressões físicas. À época, em vídeos divulgados nas redes sociais, os parlamentares relataram que Zambelli demonstrava tristeza, saudades da família e sensação de abandono.
Questionado posteriormente, Magno Malta afirmou que a própria ex-deputada relatou ter sofrido duas agressões, sem apresentar ferimentos aparentes ou escoriações. Segundo o senador, o caso não foi divulgado antes por se tratar de uma informação sensível, compartilhada de forma reservada, e sem indícios de lesões físicas.
Carla Zambelli está presa em Roma desde julho, após fugir para a Europa depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça, com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto. Procuradas, as autoridades penitenciárias e o Ministério da Justiça da Itália não se manifestaram até a publicação da reportagem.
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*com informações do Estadão Conteúdo