Durante um discurso nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o Banco Central e reiterou a necessidade de reduzir os juros no Brasil. Lula afirmou que a instituição deve começar a ‘abaixar os juros’ para facilitar o crescimento econômico e o acesso ao crédito.
O presidente declarou: ‘Eu quero que os empresários todos ganhem muito dinheiro, que as suas empresas possam crescer, produzir, gerar emprego. Quero que a indústria automobilística venda quantos carros necessitar, quero que banqueiros ganhem dinheiro, mas não precisa extorquir o povo’. Ele enfatizou que os lucros devem ser obtidos de forma justa, com empréstimos a juros razoáveis.
A declaração de Lula ocorre em um contexto em que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantém uma redução gradual da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Apesar das quedas sucessivas desde o ano passado, o governo considera que a velocidade é lenta, especialmente diante da desaceleração da inflação e da necessidade de estímulo ao crescimento econômico.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem ressaltado que o governo mantém o equilíbrio fiscal e que a inflação está sob controle.
Desde o início de seu mandato, Lula tem criticado a política monetária e a autonomia do Banco Central, atualmente presidido por Roberto Campos Neto, indicado na gestão anterior. Embora Campos Neto permaneça no cargo até dezembro de 2025, as declarações de Lula mantêm o tema em evidência na agenda política e nos mercados, que observam atentamente a discussão sobre o futuro da presidência da instituição.