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Presidente da ADUFPB explica motivo de greve dos professores na Universidade Federal da Paraíba
03/06/2024 / 19:40 / Matheus Melo
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Reunião do comando local de greve dos professores da UFPB, nesta segunda-feira (3), na sede da ADUFPB, em João Pessoa – Foto: F5 Online

O presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB), Cristiano Bonneau comentou em entrevista ao F5 Online sobre a motivação para a greve dos professores da instituição, que teve início nesta segunda-feira (3/6), por tempo indeterminado, como decidido em assembleia geral no dia 29 de maio.

O início das aulas do período 2024.1, que ocorreria na quarta-feira (5/6), fica suspenso.

Hoje à tarde, houve uma reunião do comando local de greve para discutir o movimento nacional e definir ações de mobilização na UFPB. A atividade ocorreu na sede da ADUFPB, no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa. Segundo Cristiano, a proposta do governo federal de 0% de aumento para o ano de 2024 foi a “gota d’água pra que a greve fosse levada a cabo”.

“Tirando o auxílio emergencial que foi linear no ano passado, nós estamos há pelo menos seis ou sete anos sem nenhum tipo de reajuste, nenhum tipo de aumento, uma discussão sobre a nossa carreira. Estamos vindo de várias sessões de assembleias que temos feito, acompanhando as negociações a nível nacional, fazem aí quase dois meses que nós estamos nos reunindo de forma bastante regular com os colegas, assembleias grandes, trezentos, duzentos professores. E na segunda-feira, então, nós tivemos essa notícia, estávamos em Brasília, de que o governo não tinha nenhuma proposta pra nós durante a mesa de negociação, no dia 27, relatou o presidente da ADUFPB.

Cristiano Bonneau, presidente da ADUFPB – Imagem: F5 Online no YouTube

“Diante disso, diante da proposta de 0% de aumento pro ano de 2024, mesmo nós apresentando uma proposta de reajuste rebaixada ao governo como contraproposta, que eu acho que é muito realista, inclusive tá dentro do próprio orçamento, um estudo que foi feito por nós, o governo não considerou e isso aqui foi exatamente a gota d’água, digamos assim, pra que a greve fosse levada a cabo”, acrescentou Cristiano Bonneau sobre a greve dos docentes, que agora se juntam aos técnicos administrativos, cada um com “as suas pautas distintas, separadas“, afirma ele.

“Estamos aí em greve por tempo indeterminado, esperando que o governo nos chame de fato pra negociar conosco”, reforçou. O sindicato espera que o governo Lula avalie a contraproposta apresentada pela classe. O reajuste pedido para esse ano é de 3,69% e, para 2025, 9%, além de 5,16% para 2026.

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Assista a entrevista completa: