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Presidente da Caixa, Pedro Guimarães é investigado pelo MPF por denúncias de assédio sexual
29/06/2022 / 07:53
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Presidente do maior banco público brasileiro, a Caixa, o executivo Pedro Guimarães está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por denúncias de assédio sexual em um caso que corre sob sigilo.

No fim do ano passado, um grupo de funcionárias da instituição decidiu romper o silêncio e denunciar as situações pelas quais passaram. O caso foi trazido à tona pelo jornal Metrópoles, nesta terça-feira (28), com relatos de cinco funcionárias do banco que passaram por situações de constrangimento em diversas situações com o executivo.

Entre os relatos, convites e toques físicos inapropriados, propostas indecentes durante viagens de trabalho, chamadas para ir ao quarto tarde da noite e conversas com teor sexual em meio a agendas oficiais.

Uma das funcionárias relata que, depois de concluídos os trabalhos, ele estava deixando o salão onde havia jantado quando a chamou para repassar a agenda do dia seguinte e, de repente, enquanto caminhavam, avançou o sinal. “Ele passou a mão em mim. Foi um absurdo. Ele apertou minha bunda. Literalmente isso”, afirma.

Em outra situação, uma das denunciantes afirma que, após um jantar, Pedro Guimarães levou parte do grupo que o acompanhava até a areia da praia. Logo depois, diz, ele propôs que todos entrassem no mar para tirar uma foto. “Na hora, ele derrubou a gente na água. Ficamos no mar por um tempo, e ele ficava circulando entre os grupos. De vez em quando ele aparecia do meu lado. Teve uma hora em que ele chegou e perguntou: ‘Você confia em mim? Confia na minha gestão? Você está comigo agora. Vem cá, me abraça”, afirma ela. Cristina (nome fictício) conta que, constrangida, não sabia o que fazer. “Aí ele disse: me abraça direito, porra. E deu umas catracadas, e passou a mão em mim. Na hora de tirar a mão, passou a mão no meu peito”, diz a funcionária. Os relatos completos podem ser vistos aqui.

Procurado pelo Metrópoles, Guimarães não deu respostas. Ao mesmo veículo, a Caixa emitiu nota afirmando que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo”. Diz ainda que “adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio” e “possui, ainda, canal de denúncias, por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias”.