O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereador Dinho Dowsley (Avante), recebeu no fim da manhã desta quinta-feira (7), uma comissão de moradores do bairro do Miramar, zona leste da capital, para tratar da questão de ocupações de áreas públicas e possível implantação de um projeto de preservação ambiental.

A comissão, formada pelos moradores João Ágrima, Cláudia Monteiro e Paulo Figueiredo, solicitou ao presidente da Casa que interviesse, junto à prefeitura e órgãos públicos como a Procuradoria do Município, Secretarias do Planejamento (Seplan) e Meio Ambiente (SEMAM), para resolver os problemas de ocupação de áreas públicas que vêm ocorrendo no antigo loteamento denominado ‘Parque dos Coqueiros’, atualmente bairro do Miramar, e também em um trecho próximo à Rua Dr. João Agrícola Montenegro, que interliga a Avenida Epitácio Pessoa à Ruy Carneiro.

Segundo os moradores, nesses locais vem ocorrendo há muito tempo uma “invasão acelerada de terrenos públicos e privados, com construções clandestinas de casas, desmatamento de área de preservação, comercialização de troncos de árvores, que são derrubadas ilegalmente, bem como acúmulo de lixo e escoamento de esgoto a céu aberto no Rio Jaguaribe”. Além disso, eles denunciam ainda que “há uma perturbação sonora diária e a falta de segurança no local, devido ao crescimento desordenado e clandestino de moradias”.

Em um abaixo assinado, entregue ao presidente Dinho, contendo cerca de 500 assinaturas de moradores do Miramar, que compreendem os condomínios residenciais Rio Ariaú, Recanto das Artes, Torre Imperial, Buena Vista, Vuarnet, Blue Tower, Porto Real e Shanadu, consta que grande parte dos lotes ocupados pertencem à PBPREV e outras áreas são de propriedade privadas.

No documento, os cidadãos informam que já ingressaram com vários procedimentos jurídicos para tentar a reintegração de posse, mas nada foi resolvido.

Segundo Dinho, a reivindicação é legítima. O parlamentar se prontificou em marcar uma audiência com o prefeito Cícero Lucena para que os moradores possam expor a situação. “Estaremos à disposição. A Câmara vai tentar interceder junto aos órgãos competentes para que essa situação seja contornada”, afirmou.