O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley (Avante), foi à tribuna da Casa Napoleão Laureano nesta terça-feira, 10, para denunciar o risco causado pelo uso de veículos elétricas nas ciclovias e ciclofaixas da capital paraibana.
“Está para acontecer um acidente grave por causa disso. Tem motocicleta elétrica sendo alugada na orla e esse tipo de veículo é potente, chega a fazer 70 km/h. O Código de Trânsito Brasileiro não permite mais do que 20 km/h na ciclovia. Isso não pode ser permitido. Houve um atropelamento de uma criança de 4 anos que quebrou os dois braços e por sorte não bateu a cabeça no meio fio, sendo vítima de uma tragédia pior”.
Dinho ressaltou que já manteve contato com o superintendente Executivo de Mobilidade Urbana de João Pessoa, Expedito Leite Filho, para solicitar fiscalização nas ciclovias e ciclofaixas da capital.
No telão da Câmara, foi exibida uma reportagem com flagrantes do tráfego de veículos elétricos em velocidade muito superior ao permitido e que acrescentou a preocupação de populares com o perigo representado por patinetes e motocicletas elétricas. “Os condutores desses veículos estão também trafegando sem os equipamentos de segurança”, completou Dinho.
O próprio presidente da Câmara destacou que as motocicletas elétricas têm que passar por emplacamento já que atingem tamanho e potência adequados à circulação nas vias públicas e não nos espaços restritos aos ciclistas. Ele próprio, ao advertir um condutor que trafegava na ciclofaixa de maneira irregular, chegou a ser xingado pelo interlocutor.
“A Semob-JP e a CPTran precisam fiscalizar e, se necessário, apreender esses equipamentos. A hora de cobrar é agora, antes que alguma morte aconteça”, resumiu Dinho.
Em aparte, Bosquinho (PV) concordou com a preocupação de Dinho: “A cidade converge para a orla e há tempos solicitamos respeito para ciclistas e transeuntes que precisam fazer a travessia nesses espaços. O tema merece o debate da Câmara e o presidente chama a atenção para a necessidade de regras no trânsito. Ressalto que há também motoristas que invadem a área de caminhada reservada das 5h às 8h”, destacou.