O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), James Torp, afirmou nesta sexta-feira (22) que a atuação do crime organizado tem influenciado diretamente no aumento do preço da gasolina em João Pessoa. A declaração foi feita durante audiência pública na Câmara Municipal (CMJP), que debateu o tema e serviu de preparação para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Segundo Torp, irregularidades no setor permitem que alguns postos pratiquem preços artificiais. Ele explicou que, enquanto a margem bruta média é de R$ 0,70 a R$ 1, vantagens ilegais chegam a gerar até R$ 2 de diferença por litro, causando distorções no mercado e prejuízos ao consumidor.
“Existe presença do crime organizado, e isso influencia no preço. Pessoas compram combustível sem tributo. Um posto tem, em média, de 70 a 80 centavos de margem bruta, R$ 1 no máximo. Mas, através de irregularidades, há vantagens de até R$ 2. Isso cria preços artificiais e instabilidade para o consumidor”, falou o presidente da Fecombustíveis.
A fala provocou reação do secretário do Procon-JP, Júnior Pires, que cobrou a identificação dos responsáveis. “Nós temos 115 postos em João Pessoa e sabemos quem são os proprietários. Se nós sabemos, a federação também sabe. É importante apontar quais postos têm relação com o crime organizado para que os órgãos de segurança possam investigar e punir”, disse em entrevista ao programa Correio Debate.
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*com informações do Portal Correio