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Presidente do Flamengo desiste do conselho de administração da Petrobras
03/04/2022 / 12:31
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Um mês depois de ter sido indicado pelo governo para presidir o conselho de administração da Petrobras, Rodolfo Landim desistiu de submeter o seu nome à assembleia de acionistas que elegerá o novo colegiado da empresa no dia 13.

Mesmo tendo negociado por pelo menos três meses sua ida para o conselho da estatal onde já trabalhou por 26 anos, Landim deu uma justidficativa oficial pouco convicente, numa nota oficial que publicou no site do Flamengo nesta madrugada.

“Como já foi amplamente divulgado pela imprensa, tive a honra de ser convidado para presidir o conselho de administração da Petrobras. Resolvi abrir mão desta indicação, concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo. Encaminhei ao exmo. ministro de Minas e Energia, sr. Bento Albuquerque, um documento com esta posição, deixando claro meu agradecimento pelo convite e relatando minha preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem.”

A nota de Landim foi divulgada horas depois de mais uma derrota do Flamengo numa disputa de título. Desta vez, para o Fluminense, que levou a taça do Cariocão de 2022.

E esse vice-campeonato do Flamengo, contudo, não é de modo algum o real motivo do recuo de Landim, embora o momento de sua divulgação e a sugestão de que ele não conseguiria tocar o Fla e a Petrobras ao mesmo tempo estejam presentes na carta de desistência.

Em conversas com interlocutores, segundo o site “Poder 360”, Landim tem dito que percebeu “que seria muito difícil vencer resistências internas para tornar a companhia mais ágil e preparada para um saneamento visando à uma futura privatização”. Uma justificativa capenga, sem dúvida.

Landim conhece a estatal como poucos (trabalhou nela por 26 anos). Como só agora, depois de ter negociado com o governo desde o fim do ano passado o seu retorno para a estatal ele chegou à essa conclusão?

E como fica Adriano Pires, que ele trabalhou para que fosse indicado presidente da Petrobras? Que faria dupla com ele? Se Landim avalia (avalia agora, ressalte-se) que a Petrobras é uma empresa complicada demais para ser transformada, o que dirá Adriano Pires?

Informações: O Globo