O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está considerando a possibilidade de indicar uma mulher para o cargo de Advocacia-Geral da União (AGU) caso Jorge Messias seja nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa decisão surge em meio a crescentes pressões para que o STF amplie a representatividade feminina, que atualmente conta apenas com a ministra Cármen Lúcia. A inclusão de uma mulher no cargo pode ajudar a minimizar críticas e elevar o número de auxiliares no primeiro escalão do governo.

Entre as opções que podem ser apresentadas por Messias está a advogada da União Isadora Cartaxo, que ocupa o cargo de secretária-geral de Contencioso. Isadora é considerada tecnicamente competente e já está envolvida em ações no STF, recebendo respeito dos ministros. Outra possibilidade é Clarice Calixto, atual procuradora-geral da União, que também possui bom relacionamento com setores do governo.

Anelize Almeida, procuradora da Fazenda Nacional, é outra candidata forte, com apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O nome de Flávio Roman, atual AGU substituto e procurador do Banco Central, também é cogitado, pois sua experiência interina o torna uma solução prática. Adriana Venturini, procuradora-geral Federal, é uma opção que corre por fora.

A pressão para que Lula escolha uma mulher para o STF aumentou recentemente, com figuras públicas como a cantora Anitta reforçando o pedido. Em uma publicação, Anitta afirmou: “Tenho certeza de que existem mulheres qualificadas para o cargo no nosso país, onde a maioria da população é mulher. Compartilho com toda esperança”.

Historicamente, o Supremo Tribunal Federal teve 172 ministros em 134 anos, sendo apenas três mulheres, nenhuma delas negra. Se Lula optar por mais um homem, o tribunal continuará com apenas uma mulher, Cármen Lúcia, que foi nomeada por ele em 2006. As outras duas ministras foram Ellen Gracie e Rosa Weber, que se aposentaram em 2011 e 2023, respectivamente.