William Bonner e Renata Vasconcelos não devem “dar moleza” para o ex-presidente Lula (PT) na sabatina do Jornal Nacional desta quinta-feira (25).
Assim como Bolsonaro foi questionado de forma incisiva sobre temas cortantes como a condução da pandemia, ataques ao sistema eleitoral e o compromisso com o resultado das urnas, por exemplo, a equipe de Lula espera “chumbo grosso” com perguntas sobre corrupção e as acusações que pesaram em meio a operação Lava-Jato.
Além de ser a primeira grande entrevista de Lula em TV aberta desde que saiu da prisão, a sabatina de 40 minutos no JN é vista por coordenadores da campanha como um dos momentos mais importantes da corrida eleitoral, justamente pelo alcance do programa.
A expectativa fica mais evidente já que, na análise dos integrantes da campanha, Bolsonaro não se saiu tão mal ao abrir a série de confrontos no início da semana, conseguindo manter uma imagem mais equilibrada do que a que costuma apresentar ao ser confrontado com assuntos espinhosos. Apesar disso, avaliam que o atual mandatário “não perdeu, mas também não ganhou”.
Prevendo duros questionamentos ao vivo no principal telejornal do país, Lula tem se preparado e passado por treinamentos específicos com integrantes da campanha, algo comum a todos os postulantes para um melhor aproveitamento do espaço na TV.
Entre os tópico-chave a serem abordados, Lula deve focar em economia e explorar agenda negativa de Bolsonaro, bem como o aumento da fome, desemprego e inflação. A ideia é se colocar como a opção que pode reverter e resgatar o país desse cenário.
Em relação às acusações de corrupção, Lula foi orientado a seguir com o discurso de que foi “perseguido” pela Lava Jato e reforçar que seus processos na operação foram anulados.
Após sabatinar o ex-presidente nesta quinta, o Jornal Nacional encerra a série de entrevistas amanhã (26) com a senadora Simone Tebet (MDB).