A Vara Criminal de João Pessoa manteve, na tarde deste sábado (28), a prisão preventiva da primeira-dama da Capital, Lauremília Lucena. Ela foi presa nas primeiras horas de hoje durante a terceira fase da Operação Território Livre, que apura a suspeita de aliciamento violento de eleitores. Também foi presa Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, assessora de Lauremília.
Durante a audiência de custódia, ficou decidido que as duas ficarão recolhidas na Penitenciária Júlia Maranhão, mesma unidade onde está detida a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), presa na semana passada na segunda fase da operação.
A manutenção da prisão, a defesa de Lauremília deve apresentar nas próximas horas um pedido de habeas corpus.
De acordo com a investigação conduzida pela Polícia Federal que foram encontrados elementos que indicam a existência de um “esquema criminoso” entre integrantes da administração pública e membros de organizações criminosas que viabilizava a “nomeação de servidores comissionados, e, me contrapartida receberiam o apoio político e controle de territórios durante o processo eleitoral”.
“O esquema criminoso consiste em um ciclo de influência mútua: durante as eleições, a facção garante o apoio eleitoral ao seu candidato preferido, que, após eleito, assegura a nomeação de pessoas ligadas à facção me cargos públicos”, disse a PF.
Ao decretar as prisões de Lauremília e Tereza, a juíza Maria de Fátima Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral, apontou a necessidade da medida como forma de “garantir a ordem pública” e evitar o “comprometimento do pleito eleitoral”.