O homem acusado de matar com um tiro na cabeça a nutricionista Priscylla Wanessa Lins de Mendonça, de 35 anos, foi condenado a uma pena de 16 anos de reclusão após julgamento (júri popular) de quase 11 horas, concluído na noite desta terça-feira (11), no 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa.
Carlos Eduardo Carneiro Ferreira Filho respondia por homicídio qualificado, com a qualificadora de feminicídio contra sua companheira. A decisão foi da juíza Andréa Carla Mendes Nunes Galdino. O advogado Yuri Herculano anunciou que irá recorrer.
Segundo os autos do processo, Priscila Vanessa foi encontrada morta dentro de casa, com um tiro no ouvido, na madrugada do dia 18 de julho de 2016, no bairro Muçumagro, em João Pessoa. Inicialmente, o caso foi tratado como suicídio. Com levantamento de informações e a realização da perícia criminal, a Polícia Civil concluiu que foi caso de homicídio e que o companheiro da vítima, com quem mantinha um relacionamento de 11 anos, teria praticado o crime. Ainda segundo o processo, o acusado teria alterado a cena do crime para simular um suicídio.
Conforme a sentença, o professor Carlos Eduardo Carneiro Ferreira Filho “premeditou a ação delituosa, armando-se e efetuando disparo contra a cabeça da vítima, sem que essa tivesse qualquer chance de defesa”.