PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Com o agravamento da pandemia, a produção industrial caiu 2,4% em março na comparação com fevereiro, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a segunda redução consecutiva do resultado do setor.
A queda é mais um sinal de perda de fôlego da atividade econômica na largada deste ano.
Em fevereiro, a produção industrial havia caído após nove meses de resultados positivos.
Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam queda de 2,8% para a produção industrial na comparação mensal e alta de 8,5% no recorte anual.
Além do recrudescimento da Covid-19, a interrupção de programas de estímulo também freou a economia no primeiro trimestre. O auxílio emergencial, por exemplo, só foi retomado em abril.
Na comparação com março do ano passado, a produção industrial cresceu 10,5%. À época, o país vivia a fase inicial da crise sanitária, com os primeiros impactos do coronavírus na rotina de empresários e trabalhadores.
No acumulado do primeiro trimestre de 2021, a produção industrial teve alta de 4,4%. Em 12 meses, a queda foi de 3,1%, segundo o IBGE.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou, no último dia 27, que a “economia terá problemas enquanto toda a população não for vacinada”. Durante a crise sanitária, outra queixa recorrente de empresários é a escassez de insumos e a disparada de preços de matérias-primas, reflexos do desarranjo de cadeias produtivas e da alta do dólar.