Para quem precisa utilizar uma cadeira de rodas de forma permanente é muito importante a escolha do equipamento ideal para cada usuário, a fim de proporcionar a melhor realização das atividades pessoais com qualidade de vida. Afinal, uma cadeira de rodas mal ajustada pode contribuir para fadiga, lesões e prejudicar a funcionalidade do usuário. Pensando nisso, uma equipe do Laboratório de Vida Independente e Tecnologia Assistiva (Lavita), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mantém um serviço de prescrição de cadeira de rodas para a população paraibana.

O Lavita está localizado no Departamento de Terapia Ocupacional do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB, em João Pessoa. As prescrições são realizadas pela coordenadora do laboratório, professora Cláudia Galvão, terapeuta ocupacional, com experiência de quase 30 anos na área, junto a estagiária Anaiza Dias, aluna da graduação em Terapia Ocupacional.

Na prescrição de cadeira de rodas o paciente deve passar por uma avaliação para observação de aspectos que permeiam o uso efetivo da cadeira de rodas: as condições físicas, funções e rotina da pessoa, como também qual o tipo e o modelo de cadeira mais adequado para cada caso atendido.

O serviço é aberto para toda a comunidade através do projeto “Assista: tecnologia assistiva para crianças e adolescentes”, desenvolvido no Lavita, e o agendamento do serviço pode ser realizado pelo e-mail lavitaufpb@gmail.com. O atendimento à população é realizado às quintas-feiras, no período vespertino. A prestação do serviço para servidores e discentes da UFPB se dá por meio do Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA), localizado no Hall central da Reitoria da UFPB.

De acordo com a coordenadora do projeto, o momento certo de buscar uma prescrição para uso de cadeira de rodas é quando o paciente demanda uma cadeira, ou quando a cadeira utilizada pelo indivíduo já não estiver mais suprindo as demandas diárias, causando incômodos ou dificuldades.

Para a prescrição ideal são levados em conta aspectos anatômicos, condições físico-motoras do paciente, condições cognitivas, como também em quais situações e locais a cadeira será utilizada. A equipe também observa o nível de independência da pessoa, tipo de transporte que usa, onde mora, acessibilidade dos ambientes que frequenta, entre outros fatores.

Uma vez realizada a prescrição, via Laudo para Procedimentos de Alta Complexidade (Apac), o responsável do laboratório ou o usuário se direciona à Policlínica Municipal Jaguaribe (Cais de Jaguaribe) com cópia do CPF, RG, comprovante de residência, laudo médico e o documento pessoal do responsável para solicitar a concessão da cadeira de rodas prescrita.

“As cadeiras mais prescritas no Lavita são as ditas padrão, dobrável em ‘X’, porém, nos últimos meses, com o atendimento dos usuários que possuem o perfil jovem e ágil, estamos prescrevendo as cadeiras monobloco, e motorizadas”, disse Cláudia Galvão, coordenadora do projeto.