Moradores do bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, interditaram na tarde desta segunda-feira (10/11) os dois sentidos da Avenida Cruz das Armas durante um protesto em repúdio ao caso do jovem Gabriel, de 22 anos, baleado por um policial militar durante uma abordagem no último sábado (8). A vítima, que trabalhava em um espetinho no momento do disparo, segue internada em estado grave no Hospital de Emergência e Trauma da capital.

Durante o ato, manifestantes colocaram pneus e objetos na via e atearam fogo, bloqueando o trânsito. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas.

O caso

De acordo com imagens de câmeras de segurança, o policial militar tentou abordar um suspeito em uma moto, mas acabou atingindo Gabriel, que trabalhava no local. O motociclista fugiu em seguida.

A mãe do jovem, Girlene de Souza, presenciou o momento do disparo e relatou que a viatura da PM estava com o giroflex desligado.

“Meu filho estava apenas trabalhando para sustentar a filha dele de apenas um mês de vida e aquele ali era o ganha-pão dele. Lembrar daquele fato, para mim, é doloroso. Eu estava na hora. Eu vi meu filho cair. Eu vi meu filho numa poça de sangue. Naquele momento eu achei que tivesse perdido meu filho. Eu quero justiça. Isso não pode ficar impune”, desabafou.

Após o disparo, os próprios policiais o levaram para o Hospital de Trauma de João Pessoa, onde ele permanece em estado grave.

Segundo o tenente-coronel Bruno Rodrigues, da Polícia Militar, o caso foi encaminhado à delegacia e está sendo investigado internamente pela corporação.

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