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Quase 20% das pessoas desaparecidas na PB são crianças e adolescentes; veja o que fazer
24/05/2021 / 19:05
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O Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid-PB), do Ministério Público da Paraíba, acompanha 96 casos não solucionados de paraibanos sumidos, dos quais 19,72% são crianças e adolescentes (menores de 17 anos).

A maior parte dos casos foi encaminhada pela Polícia Civil, que, entre 2018 e 2020, registrou 111 desaparecimentos de pessoas com até 20 anos de idade (19,64% do total dos desaparecidos na Paraíba).

Para o enfrentamento desse problema social, que atinge aproximadamente 20% da população infanto-juvenil, o MPPB – que atua diretamente na busca – aderiu à Campanha Estadual de Prevenção ao Desaparecimento de Crianças no Estado, criada pela Lei Estadual 11.881/2021. A ação começa nesta terça-feira (25), Dia Internacional da Criança Desaparecida, e se estende até o próximo dia 31.

A coordenadora do Plid-PB, Elaine Alencar destaca que a informação é essencial para a prevenção e solução dos casos, pois à medida em que as pessoas sabem o que fazer para evitar ou solucionar, podem tomar atitudes mais assertivas e imediatas que fazem a diferença nos resultados.

O Plid e o perfil dos desaparecidos

Entre 2018 e 2020, a Polícia Civil registrou 565 desaparecimentos. Os que não foram solucionados nas investigações foram recepcionados pelo Plid-PB, que é o Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas do Estado da Paraíba, responsável pelo cadastro dos desaparecimentos num banco de dados nacional, que sistematiza e cruza informações provenientes de diversos órgãos, ajudando na busca e localização de pessoas desaparecidas. Além disso, o Plid fomenta políticas públicas junto aos órgãos que trabalham no enfrentamento ao desaparecimento, a fim de auxiliar na prevenção e solução dos casos.

Dos 96 casos acompanhados pelo Plid-PB (ver Mapa do Desaparecimento AQUI), 19,72% são crianças e adolescentes com até 17 anos de idade (sendo 15,49% entre 12 e 17 anos); 22,54% têm entre 18 e 25 anos; 15,49% estão na faixa etária entre 26 e 30 anos; 8,45% entre 31 e 35 anos; 28,17% têm entre 36 e 65 anos e 5,63 mais de 65 anos.

O perfil dos desaparecidos paraibanos também aponta que 59,38% são do sexo masculino, 30,21% do sexo feminino e 10,42% não teve o gênero informado. A maioria é parda (68%) e preta (16%); 16% foram declarados da cor branca.

Busca deve ser imediata

De acordo com o Plid, é considerado desaparecimento o sumiço repentino de alguém, sem aviso prévio a familiares ou a terceiros, ou seja, uma pessoa é considerada desaparecida quando não pode ser localizada nos lugares nos quais costuma frequentar.

Os parentes e responsáveis não devem aguardar 24 horas (ou qualquer outro intervalo de tempo) para avisar à polícia com o fim de serem iniciadas as buscas. Quanto mais rápido a mobilização for feita, maiores são as chances de reencontro. A Lei Federal 11.259/2005, inclusive, prevê a busca imediata pela criança ou adolescente desaparecido, a partir da ocorrência policial.

Como prevenir:

  • Não deixe sua criança desacompanhada;
  • Oriente que não converse com estranho, nem aceite presentes;
  • Saiba quem são seus amigos (inclusive, na internet) e mantenha contato com os responsáveis;
  • Evite publicar em redes sociais, fotos e informações sobre a rotina da criança.

O que fazer:

  • Ligue para a polícia e registre o BO. Não é necessário esperar 24 horas;
  • Procure outros órgãos públicos que possam auxiliar na busca;
  • Descarte a possibilidade de falecimento;
  • Registre o caso no Plid-PB. Acesse www.mppb.mp.br/plid; preencha o formulário disponível e envie-o com uma foto da pessoa desaparecida, com o nome dela no arquivo, ao e-mail plid@mppb.mp.br ou por meio do Protocolo Eletrônico (clique AQUI).

Para facilitar a identificação:

  • Tenha sempre fotos atualizadas da criança;
  • Providencie o RG do seu filho ou filha o quanto antes.