João Pessoa 31.13ºC
Campina Grande 28.9ºC
Patos 35.13ºC
IBOVESPA 128450.06
Euro 5.4556
Dólar 5.0701
Peso 0.0058
Yuan 0.7002
Queiroga diz que 3,5 mi não voltaram para tomar 2ª dose de vacina e lança campanha
08/07/2021 / 07:45
Compartilhe:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Cerca de 3,5 milhões de pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid ainda não voltaram aos postos para tomar a segunda, informou nesta quarta-feira (7) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A informação foi divulgada durante o lançamento de uma campanha para estimular que as pessoas completem o esquema de vacinação, o que é necessário para garantir a proteção.

“É importante que a população que tomou a primeira dose volte para a segunda, pois só assim a imunização estará completa”, disse o ministro no evento.

“O ministério tem feito esse alerta, mas ainda há um número superior a 3,5 milhões de pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose da vacina”, completou.

A pasta, no entanto, não divulgou os números detalhados. Questionado, o ministro negou que o problema ainda tenha relação com uma possível falta de doses, como ocorreu nos últimos meses em relação a algumas vacinas, como a Coronavac.

“Até pouco tempo atrás a segunda dose atrasada era por falta de imunizantes. Hoje o problema não é esse”, afirmou, sem citar quais seriam os outros fatores.

O alerta sobre a necessidade da segunda dose foi reforçado por outros membros da pasta e em vídeos da nova campanha. No material, a família do personagem Zé Gotinha conversa sobre a segunda dose e demais medidas de proteção contra a Covid, como uso de máscaras.

“Temos observado, quando olhamos nossas curvas, que temos de acordo com as faixas etárias diminuído internações, casos e mortes [com a vacinação]. Mas precisamos entender que só estamos imunizados se tomar a primeira e segunda dose”, disse o secretário de vigilância em saúde substituto, Gerson Pereira.

Ainda no evento, o ministro voltou a repetir a meta de imunizar toda a população adulta com ao menos uma dose até setembro, e com duas doses até dezembro.

Ele também defendeu o uso de diferentes vacinas na campanha de imunização. “Todos os imunizantes com registro na Anvisa são eficientes e têm nos ajudado.”

Questionado sobre a possibilidade de reduzir o intervalo de aplicação das doses de algumas vacinas, possibilidade discutida em alguns estados, como São Paulo, o ministro disse que as decisões sobre esquemas de aplicação ocorrem pela câmara técnica de especialistas que assessoram o Programa Nacional de Imunizações, com base em dados dos produtores.

Ele pediu que as decisões acordadas sejam seguidas por estados e municípios. E citou impasses em outros temas, como a intercambiabilidade de doses, posição que tem sido adotada em alguns locais para vacinação de gestantes, por exemplo.

“Intercambialidade de doses, por exemplo. É uma possibilidade? É. Mas as evidências científicas ainda são frágeis, e não podemos queremos uma evidência self-service, que para uma coisa é de um jeito e para outra de outro”, disse.