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Quem reconhece Maduro e quem apoia González: a divisão internacional pela Venezuela
10/01/2025 / 17:14
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Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, gesticula durante um comício para defender a alegada vitória nas eleições presidenciais em Caracas em 17 de agosto de 2024 – Foto: STRINGER/AFP via O Globo

Após o controverso pleito presidencial de julho de 2024, que reeditou o cenário de polarização política na Venezuela, a comunidade internacional continua dividida quanto à legitimação do regime de Nicolás Maduro e ao reconhecimento de Edmundo González, principal opositor, como novo presidente do país. A crise política que se arrasta desde as eleições, sem a divulgação de dados detalhados pela Comissão Eleitoral Nacional, tornou-se um ponto de fricção entre países e organismos internacionais.

Maduro, que se autodeclarou vencedor das eleições, tomou posse oficialmente nesta sexta-feira (10). Entretanto, a falta de transparência nas apurações e a alegação de fraude eleitoral têm levado ao questionamento da legitimidade do processo. Ao longo dos meses que se seguiram à eleição, o candidato opositor González desafiou os resultados, afirmando ser o verdadeiro vencedor, uma posição que foi aceita por um número significativo de países.

Apoio a Maduro e reconhecimento de González

Ao longo da crise, pelo menos 20 países, muitos deles governados por regimes autoritários, reconheceram Maduro como reeleito, incluindo aliados tradicionais como Cuba, China e Rússia. Esses países seguem sustentando a narrativa de um processo eleitoral legítimo, apesar das críticas internacionais.

Por outro lado, uma coalizão de países, entre os quais Argentina, Estados Unidos, Canadá e Uruguai, já declarou abertamente seu apoio a González como o presidente eleito.

Posturas intermediárias

Na esfera internacional, países como Brasil, França, Reino Unido e México adotaram uma postura mais cautelosa. Esses países, enquanto não reconhecem oficialmente nenhum dos lados, exigem maior transparência na apuração dos votos e uma verificação independente do pleito.

A falta de consenso sobre o reconhecimento da vitória de Maduro ou González coloca a Venezuela em uma encruzilhada política e diplomática. O cenário continua instável e com poucas perspectivas de resolução imediata, à medida que a comunidade internacional se divide em torno de como lidar com a crise venezuelana.