Fontes ouvidas pelo portal F5 online não acreditam em grandes mudanças. Para aliados próximos, o governador mesmo recebendo pressão para ajustes aqui e acolá tem muita gratidão pelos auxiliares que o ajudaram na travessia da pandemia e numa reeleição em que enfrentou muitas dificuldades.
Publicamente, Azevedo tem dito que as mudanças serão feitas, apesar de se tratar de um governo de continuidade. Serão levados em conta critérios como a ampla aliança que foi formada para permitir sua recondução ao Palácio da Redenção.
Os nomes mais cotados são os de Pollyanna Dutra e Ricardo Barbosa, ambos do PSB. A deputada abriu mão de uma aparente reeleição tranquila para a Assembleia Legislativa para se lançar em uma candidatura difícil para o Senado e Barbosa foi fundamental para a eleição de um parlamentar do PSB para a Câmara dos Deputados.
Outro que deve ter uma vaga assegurada é o deputado Raniery Paulino (Republicanos), que poderá ir para a secretaria de representação do governo em Brasília. Este inclusive, atenderia um compromisso do governador com o Republicanos.
Comenta-se também a possibilidade de convocação de um ou dois deputados estaduais para ocuparem cargos no governo e abrir vaga para acomodação de suplentes.
Pouca gente ligada ao governo ousa fazer prognóstico sobre quem do atual quadro poderá não ser aproveitado na próxima gestão. Mas, nos corredores do Palácio da Redenção e no cafezinho da Assembléia Legislativa existia até quinta-feira passada uma expectativa de mudanças na secretaria de Educação e na Codata.
A primeira, para cumprir um compromisso assumido com o deputado Hugo Motta durante a campanha eleitoral e a segunda por conta de problemas na gestão de Guido Rodrigues que teria desagradado o próprio governador nos últimos meses por inúmeros problemas causados a vários órgãos do governo que dependem dos sistemas da Codata.
Também existem dúvidas sobre o novo papel que o ex-chefe de gabinete, Ronaldo Guerra, cumprirá na futura gestão. Durante as eleições ele foi fritado por aliados, mas tem trabalhado para voltar ao primeiro escalão. Fala-se que pleiteia o Porto de Cabedelo.
Apesar de algumas resistências, sobretudo da bancada governista, é grande a possibilidade de retorno do médico Geraldo Medeiros para a pasta da saúde. Ele deixou o governo para disputar as eleições, mas não obteve êxito.
Na bolsa de apostas, devem permanecer em seus postos a grande maioria do atual quadro. Deusdete Queiroga (Infraestrutura), Nonato Bandeira (Comunicação), Gilvan Martins (Planejamento), Fábio Andrade (Procuradoria) e Marialvo Laureano são os mais lembrados.
Nonato Bandeira, vinha dizendo desde a campanha que não tinha interesse em permanecer no cargo, mas, depois da eleição mudou de ideia e deve permanecer na pasta.
As especulações mais fortes são no sentido de que o governador deve promover mudanças na área política e reforçar o entorno do gabinete governamental que foi duramente criticado por aliados durante a campanha e que levou o governo a passar um vexame perdendo por mais de 100 mil votos na grande João Pessoa.
O reforço ocorreria com os nomes dos secretários Deusdete Queiroga Filho, atual da Infraestrutura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, e Tibério Limeira, que está no comando da Secretaria de Desenvolvimento Humano.
Um ocuparia a Casa Civil, provavelmente Deusdete Filho, e o outro, Tibério Limeira, iria para a Secretaria de Governo, atualmente ocupada pelo ex-governador Roberto Paulino, ou para a pasta da Articulação Política. Existe ainda a Secretaria de Articulação Municipal como opção de reforço da área de política do governo.
O possível deslocamento de Tibério abriria vaga para a ex-candidata a senadora, deputada Pollyanna Dutra, ser indicada para a Secretaria de Desenvolvimento Humano.
A atual titular da Suplan (Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado, Simone Coelho Guimarães, seria deslocada para a Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente com Ricardo Barbosa indo substituí-la na pasta que já fora ocupada por ele.
A escalação de Deusdete e Tibério como titulares do time da política do governador seria consequência da campanha eleitoral. Os dois atuaram como coordenadores do processo e participaram de praticamente todas as articulações.
Além disso, especula-se que haveria interesse do governador João Azevedo em gerar condições para que Deusdete Filho e Tibério Limeira possam se preparar para futuras disputas eleitorais.