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Quem são os paraibanos na lista dos criminosos mais procurados do Brasil
09/12/2025 / 14:07
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Lista vermelha: veja os paraibanos entre os mais procurados do país

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou, nesta segunda-feira (8/12), a nova lista vermelha de criminosos mais perigosos e procurados do país. A relação reúne nomes indicados por todos os estados e pelo Distrito Federal, com base em critérios como gravidade dos crimes, ligação com facções, atuação interestadual e número de mandados de prisão. Nove dos alvos são paraibanos — oito indicados pela Paraíba e um incluído pelo estado do Rio de Janeiro.

A lista faz parte do Projeto Captura, que disponibiliza fotos e informações básicas dos procurados e abre canais para denúncias que levem à prisão dos foragidos. A ferramenta está disponível em um site oficial do MJSP.

Entre os paraibanos, todos têm ligação direta com facções criminosas e respondem por crimes graves, como homicídios, tráfico de drogas, organização criminosa e ataques armados. Um deles, Edgar Alves de Andrade, o Doca, é considerado um dos principais chefes do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.

Quem são os nove paraibanos mais procurados do Brasil

• Edgar Alves de Andrade, o “Doca”

Nascido em Caiçara (PB), Doca integra a lista do Rio de Janeiro e é apontado como um dos chefes do Comando Vermelho. Foi o principal alvo da megaoperação que deixou 121 mortos no RJ. Ele responde por mais de 100 homicídios e tem 35 mandados de prisão em aberto. Fugiu da operação.

• Flávio de Lima Monteiro, o “Fatoka”

Apontado como chefe do Comando Vermelho na Paraíba, tem pelo menos 10 mandados de prisão. Fugiu da PB1 em 2018, foi recapturado e depois liberado para cumprir medidas cautelares, mas rompeu a tornozeleira e fugiu novamente. É procurado por crimes ligados ao tráfico e à organização criminosa.

• Jonathan Ricardo de Lima Medeiros, o “Dom”

Considerado liderança do Comando Vermelho na Paraíba em 2024. A Polícia Civil suspeita que ele tenha atuado no Rio de Janeiro, de onde repassava ordens para integrantes da facção e coordenava fornecimento de drogas e armas.

• Damião Barbosa de Lima, o “Damião de Araçagi” / “Coroa Damião”

Integrante da alta cúpula do Comando Vermelho no estado, próximo ao principal chefe da facção. Chegou a ser dado como preso durante a megaoperação no RJ, mas continua foragido.

• David Ferreira da Costa, o “Mago David”

Apontado como chefe operacional da facção na Paraíba, com forte atuação em Cabedelo. Foi alvo da operação que bloqueou R$ 125 milhões do grupo. A polícia afirma que ele estaria foragido no Complexo do Alemão.

• Edivan Melo de Jesus, o “Nego” / “Nego 4 Boca”

Atuava como porta-voz da presidência do Comando Vermelho na Paraíba e exercia funções de gerenciamento da organização. Tinha influência na comunidade das Quatro Bocas, em Bayeux, articulando tráfico, fornecimento de armas e coordenação de ataques.

• Lucian da Silva Santos, o “Galo”

Apontado como membro do conselho do Comando Vermelho e chefe do tráfico em áreas como o Mutirão, em Bayeux, em 2024.

• Sebastião de Azevedo Ferreira, o “Bastos”

Considerado pela polícia um dos principais fornecedores de drogas em larga escala para a facção Okaida.

• Elvis Carneiro da Silva

Réu por tráfico de drogas, crimes envolvendo armas e organização criminosa. O MJSP não detalhou os crimes específicos associados à sua inclusão na lista.

O que é a “lista vermelha”

A relação nacional reúne até oito criminosos de cada estado, escolhidos segundo critérios de risco e impacto para a segurança pública. O objetivo é facilitar o acesso às informações pelos órgãos policiais e intensificar as buscas. Até agora, apenas três mulheres aparecem entre todos os nomes incluídos.

Entre os critérios de seleção estão:
• gravidade e natureza dos crimes;
• vínculo com organizações criminosas;
• quantidade de mandados de prisão;
• atuação interestadual;
• potencial estratégico da captura.

Projeto Captura e novas ações do Ministério da Justiça

O Projeto Captura disponibiliza fotos, dados básicos e canais de denúncia para apoiar buscas. O MJSP também prevê a criação de uma célula no Rio de Janeiro dedicada à localização de foragidos de outros estados que se escondem no território fluminense — uma demanda crescente das polícias estaduais.

Além disso, o ministro Ricardo Lewandowski assinou a portaria que institui o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado, permitindo integração entre bases de dados e operações policiais federais e estaduais.

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