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Recuperação judicial da Gol nos EUA pode afetar passageiros e voos da companhia?
29/01/2024 / 11:36
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A companhia aérea brasileira Gol garantiu que “os voos de passageiros da Gol, os voos de carga da GolLog, o programa de fidelidade Smiles e outras operações da companhia continuam normalmente. A Gol seguirá oferecendo serviços de viagens aéreas seguras, confiáveis e a baixo custo, proporcionando a melhor experiência aos clientes, que poderão organizar suas viagens da forma que sempre fizeram”, afirma em comunicado.

As declarações acontecem na esteira do pedido de reestruturação de dívidas feito pela companhia na Justiça dos Estados Unidos. O pedido de recuperação judicial foi aceito pelo Tribunal de Falências de Nova York na sexta-feira (26/1). Com a medida, a Gol poderá repactuar suas dívidas estimadas em R$ 20 bilhões e ter acesso a um crédito/financiamento de US$ 950 milhões.

A empresa brasileira também disse que o programa de fidelidade Smiles não terá alterações e continuará disponível, podendo os clientes seguir acumulando e resgatando milhas.

“A Gol planeja honrar todas as obrigações com clientes, incluindo reembolsos de passagens, cupons de viagem e pagamentos ou crédito associados a reclamações de bagagem ou serviços, em conformidade com as políticas da empresa em vigor”.

Em entrevista a jornalistas, o CEO da empresa, Celso Ferrer registrou que todos os voos estão operando conforme programado e todas as passagens aéreas e reservas permanecem em vigor. “O processo de reestruturação pretende otimizar a Gol para sustentar o crescimento. Não devemos reduzir as aeronaves em serviço. O foco é endereçar os passivos durante esse período e organizar o fluxo daqui para frente”, disse.

A Gol afirma que o objetivo de recuperação judicial é reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e “fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo”.

Segundo publicação do Metrópoles, na solicitação inicial, feita na quinta-feira (25/1) e deferida no dia seguinte pelo tribunal americano, a Gol listou seus principais credores. Ela indicou 30 débitos com 27 empresas, cujas dívidas somam R$ 4,7 bilhões (US$ 950 milhões). No topo da relação, está o The Bank of New York Mellon, conhecido como BNY Mellon, para quem a companhia deve quase US$ 540 milhões, o equivalente a mais de R$ 2,6 bilhões.