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RETORNO: Jogadores que estavam na Ucrânia desembarcam no Brasil: ‘dias difíceis’
01/03/2022 / 14:24
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Quase uma semana depois do primeiro ataque da Rússia à Ucrânia e cinco dias depois de um pedido público e coletivo de ajuda, jogadores brasileiros desembarcaram no país junto a seus familiares. Eles estavam entre as pessoas que chegaram ao aeroporto de Guarulhos, São Paulo, na manhã desta terça-feira (1º/3).

Na saída do voo, o meia-atacante Pedro Victor, o Pedrinho, contou que o pior momento foi no sábado (26/2), porque a notícia que chegava até eles era de que os russos estavam fechando o cerco contra a capital Kiev e, talvez, o grupo não pudesse deixar o hotel em estava.

“Ficamos três dias pensando no que fazer, se pegávamos o trem, carro. Era complicado, tinham muitas crianças e o que nos motivava era protegê-las. Pegamos um trem no último dia. Teve um alerta que as coisas iam piorar muito e que se não saíssemos em cinco minutos não íamos mais conseguir sair”, contou em entrevista coletiva ainda no aeroporto.

Pedrinho disse que, num primeiro momento, pensava principalmente na vontade de se reunir novamente com a família que ficou no Brasil. Conforme o tempo foi passando, ele relata que só conseguia desejar que a esposa, a filha e as outras crianças da delegação de brasileiros conseguissem fugir do conflito.

“Foram dias difíceis. Nós achávamos, por algum momento, que não íamos conseguir”, declarou. Ele também lembrou que faltou comida para em alguns dias e que isso foi difícil para as crianças. Mas o mais desafiador, segundo Pedrinho, foi não ter uma perspectiva de como sair da situação. “Não sabíamos o que fazer, não tínhamos como reagir, então creio que essa foi a maior dificuldade. Não ter um plano, não ter uma saída e ficar refém daquilo dia após dia”, contou.