Na avaliação do deputado estadual Ricardo Barbosa (PSB), o governador João Azevêdo (de volta ao PSB) tem boas chances de garantir a reeleição pelo governo da Paraíba ainda no primeiro turno em 2022.

Em entrevista ao programa F5, da 89 POP FM, na tarde desta terça (22), o líder do governo na Assembleia destacou as ações, obras e diálogo equilibrado entre o governador e as instituições como pontos fortes na gestão.

Apesar de ter experimentado perdas de aliados, como a do senador Veneziano Vital (MDB), Barbosa diz que o chefe do Executivo estadual sabe promover articulações e está entrando na disputa para fazer os enfrentamentos que forem necessários. “João é um sujeito doce, não persegue nada e nem ninguém, um sujeito sem maldade, isso o faz diferente”.

“Eu tenho como defender o governo João Azevêdo, porque conheço de perto o governo, como conheço o governo Ricardo Coutinho que foi operoso, mas tão operoso quanto foi o governo de João. A gente teve o infortúnio da pandemia. Tem mais de 100 obras espalhadas pela Paraíba que foram dadas por inauguradas sem nenhum tipo de solenidade por conta da pandemia. Tudo isso contribuiu para essa aparente desacelerada da gestão”, disse o deputado, rebatendo as declarações de Coutinho sobre falta de realizações na gestão Azevêdo.

Ricardo Barbosa também falou sobre sua situação partidária e comentou que, na filiação de João Azevêdo ao PSB nesta quinta-feira (24), poderá anunciar sua permanência no partido socialista como uma das opções para a Câmara Federal.

“Dentro de seus parâmetros de coerência e afinidade política, você tem que pensar numa agremiação partidária que lhe assegure chances concretas de disputar a eleição […] E aí eu tô refletindo, tem que fazer contas”, afirmou, revelando convites do PL, MDB, Republicanos, Pros, PP e União Brasil. “Independente se eu ficar ou não, o PSB vai disputar bem a eleição”, garantiu.

Ele também deu sua opinião sobre o retorno de João aos quadros do PSB:

“Eu não posso responder pelo governador, mas como jornalista, cidadão, foi o possível, eu acho que João foi espremido pelo tempo e pelo estilo, ele resolveu dar tempo ao tempo e as coisas irem se acomodando, mas política tem uma dinâmica muito veloz. Eu não acho que o retorno ao PSB tenha sido a melhor, foi uma boa opção”, afirmou o deputado, citando a “nostalgia do 40” como algo que pode fortalecer a campanha.

“O 40 tá também lá no guarda-chuva de Lula, que é o candidato já manifestado de forma reiterada e pública pelo governador João. Eu se fosse construir isso lá atrás teria optado por outros caminhos, foi o possível, talvez não tenha sido o ideal. Vamos trabalhar para que o 40 seja a porta de entrada para o segundo governo de João Azevêdo”, acrescentou.

Pedro, Efraim e Aguinaldo

Quando questionado sobre a disputa pelo Senado envolvendo Efraim Filho (União Brasil) e Aguinaldo Ribeiro (PP), Barbosa declarou que o líder do União Brasil tem sua preferência e que Aguinaldo precisa “mostrar a cara e fazer campanha”. Já sobre o pré-candidato ao governo do estado, Pedro Cunha Lima (PSDB), Ricardo afirmou que, apesar da juventude e “brilhantismo” de Cunha Lima, ainda considera seu discurso “aguado e sem convencimento”.

“Vamos ter uma campanha disputada, talvez até renhida, mas eu acredito muito na capacidade do governador João de ganhar até no primeiro turno”, declarou o parlamentar.

Confira a entrevista do deputado ao programa F5, da 89 Rádio POP, nesta terça-feira (22):