O juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz, da 2ª Vara Criminal de João Pessoa, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) e outros investigados pela suspeita de extorsão envolvendo a Loteria do Estado da Paraíba – LOTEP, no período em que Coutinho estava à frente do Palácio da Redenção.
Além de Ricardo, foram denunciados o irmão do petista, Coriolano Coutinho, Pedro Patrício de Sousa Júnior e Alexandre Magno Cândido da Cruz.
O magistrado deu o prazo de dez dias para que os réus apresentem defesa sobre a acusação.
As investigações apontam que Coriolano tinha o controle da LOTEP e era um dos principais responsáveis pela coleta de propinas destinadas a Ricardo. Com alta influência, o irmão do ex-governador é apontado pelos investigadores como a pessoa que usava o poder do Estado para direcionar concessões de empresas sob a possibilidade de reincidir contratos já firmados para a exploração de jogos, incluindo demissão, desligamento ou inabilitações.
Além de agir com influência, Cori é suspeito de extorsão. Um dos empresários ouvidos pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) disse que foi obrigado a comprar produtos do investigado como modo de não sofrer represálias.
A nova denúncia aponta dois crimes de extorsão. O primeiro cometido por Ricardo, Coriolano e Pedro Patrício contra Denylson Machado, que teria sido ameaçado com o intuito de obter vantagem econômica mediante a venda de trios elétricos.
A outra extorsão persiste na acusação da ameaça contra Daniel Gomes, para que fosse extinto o contrato com a empresa Bilhetão, sob a pena do fim do contrato entre a Cruz Vermelha do Brasil e o Governo do Estado.
A defesa de Ricardo Coutinho emitiu uma nota, quando a denúncia foi apresentada, apontando “viés político” na acusação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
A defesa de Ricardo Coutinho tomou conhecimento na data de hoje (15/12), através da imprensa, de nova denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba – GAECO/PB.
Além da denúncia se basear em ilações antigas, amparadas nas já rechaçadas e desacreditadas palavras de delatores premiados, a nova acusação só confirma o viés político e persecutório da chamada “Operação Calvário” contra Ricardo Coutinho, com o oferecimento de novas denúncias justamente no momento em que o seu nome passa a ser especulado para compor o novo governo do Presidente eleito.
Práticas como esta só evidenciam, cada vez mais, o Lawfare empreendido por setores do Ministério Público contra Ricardo Coutinho, com o uso de instituições públicas como verdadeiras máquinas de guerra para tentar aniquilar e destruir adversários políticos.
F5 com informações de Wallisson Bezerra