O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) anunciou que não vai ser candidato à Presidência da República. O anúncio ocorreu na noite desta quarta-feira (9), durante pronunciamento na Casa.
Segundo ele, é impossível conciliar o cargo de presidência do Senado com uma campanha eleitoral, pois “o presidente do Senado precisa agir como um magistrado, conduzindo os trabalhos com serenidade, equilíbrio e isenção”.
“Tenho que dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a recuperação do nosso país. O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer tipo de interesse pessoal ou de ambição eleitoral. […] Sei de minha responsabilidade com o Brasil. Venho fazendo a minha obrigação com o diálogo permanente com as instituições e com a defesa intransigente da democracia, das liberdades e do Estado de Direito”, disse.
Pacheco afirmou que o Brasil passa por uma das maiores crises da história, devido a fatores como a pandemia, que impacta na saúde, economia e educação, e ainda os conflitos recentes entre Rússia e Ucrânia.
“O país convive tristemente com desemprego, fome e retrocessos em todas as áreas. Esse quadro tão delicado foi agravado agora pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que teve efeitos imediatos na economia mundial, com consequências inevitáveis no já sofrido Brasil. Nesse grave cenário, o papel do Senado é fundamental.”
Pacheco ainda lembrou que a Casa está discutindo projetos “para reduzir o impacto ao consumidor do aumento do preço dos combustíveis”. Sem acordo sobre os textos, a votação dos projetos dos combustíveis foi adiada para quinta-feira (10). O relator dos dois projetos, senador Jean Paul Prates (PT-RN), concordou com pedido do senador Carlos Viana (MDB-MG) para adiar novamente a análise, pedindo o compromisso de que este será o último adiamento.
O presidente do Senado finalizou o discurso afirmando que vai lutar “para que as eleições gerais deste ano tenham como resultado o fortalecimento institucional e democrático do país” e disse que “qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência”.
R7