No terceiro dia da invasão militar da Rússsia na Ucrânia, as forças russas tomaram cidade do Sudeste de Melitopol, informou a agência de notícias russa Interfax. Testemunhas na cidade confirmaram a entrada das tropas de Moscou, e uma bandeira da Rússia foi estendida no prédio do governo.
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As autoridades ucranianas ainda não confirmaram a informação. Melitopol tem cerca de 150 mil habitantes, e é a maior cidade a ser totalmente controlada esde a invasão. Kherson, no Sul, foi ocupada na véspera, mas forças ucranianas revidaram ao longo do sábado. A maioria dos avanços russos se concentra no Sul. Cidades no no Nordeste, como Sumy e Polltava, registraram confrontos ao longo deste sábado.
Em uma mensagem de propaganda, o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que “unidades russas estavam em marcha e entraram em Melitopol, sem encontrar resistência”, acrescentando que a população “recebeu as tropas com bandeiras vermelhas”. A informação não foi confirmada.
Ataques em Kiev
Na capital Kiev, os combates se intensificaram, mas o Centro permanece sob controle dos ucranianos. Explosões foram ouvidas durante toda a noite e um prédio residencial perto do aeroporto de Zhulyany foi atingido por um míssil. Ainda não há informações sobre vítimas, mas moradores foram retirados do edifício enquanto bombeiros tentavam apagar as chamas no local.
Segundo a Reuters, outro prójetil atingiu uma área perto do aeroporto, danificando uma base militar. Uma testemunha também confirmou que tiros foram registrados perto de prédios governamentais no centro da cidade no amanhecer.
Forças russas tentaram controlar a usina hidrelétrica de Kiev, mas há relatos diivergentes sobre quem controla a instalação.
Em meio a destruição e a possível confirmação de civis feridos, o ministério da Defesa da Rússia disse em comunicado que lançou ataques com mísseis de cruzeiro durante a noite contra alvos na Ucrânia, mas alegou “visar exclusivamente a infraestrutura militar”.
US$ 350 milhões em ajuda militar
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instruiu o Departamento de Estado a liberar US$ 350 milhões em ajuda militar à Ucrânia. Em um memorando ao secretário de Estado, Antony Blinken, Biden ordenou que o valor fosse alocado através da Lei de Assistência Estrangeira e designado para a defesa da Ucrânia.
Vítimas da guerra
Pelo menos 198 ucranianos, incluindo três crianças, foram mortos como resultado da invasão russa, informou o chefe do Ministério da Saúde ucraniano ouvido pela agência local Interfax. Segundo ele, 1.115 pessoas ficaram feridas, incluindo 33 crianças. Não ficou claro se ele estava se referindo apenas a vítimas civis.
Informações: O Globo