Comitivas da Rússia e Ucrânia se reúnem pela primeira vez, nesta segunda-feira (28), desde que o presidente russo Vladmir Putin ordenou a invasão na Ucrânia no último dia 24. O encontro acontece na cidade de Gomel, na Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia.
Para os ucranianos, os principais objetivos da negociação são um cessar-fogo imediato e a saída das tropas russas que invadiram seu país. O governo russo, no entanto, não revelou quais são os objetivos.
A delegação inclui autoridades como o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, conselheiro do chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mykola Tochytskyi. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não faz parte do grupo.
Ontem (27), o Conselho de Segurança da ONU aprovou para esta segunda-feira (28) uma sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Promovida pelos Estados Unidos e pela Albânia, a resolução foi aprovada por 11 países, com o voto contrário da Rússia e a abstenção de China, Índia e Emirados Árabes (para este tipo de resolução, nenhum país tem direito a veto). O Brasil confirmou voto a favor através do diplomata Ronaldo Costa Filho. O objetivo da sessão é que os 193 membros da ONU se posicionem sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre a violação da Carta das Nações Unidas.
O Ministério do Interior da Ucrânia informou neste domingo (27) que 352 civis ucranianos já foram mortos durante a invasão da Rússia ao país vizinho, incluindo 14 crianças, disse a agência de notícias Associated Press (AP). Segundo o ministério, cerca de 1.684 pessoas, incluindo 116 crianças, ficaram feridas durante a invasão. O ministério não fornece informações sobre baixas entre as forças armadas da Ucrânia.
Rússia, por sua vez, alegou que suas tropas estão atacando apenas instalações militares ucranianas e diz que a população civil da Ucrânia não está em perigo. A Rússia também não divulgou nenhuma informação sobre baixas entre suas tropas. O Ministério da Defesa russo reconheceu no domingo apenas que soldados russos foram mortos e feridos, sem fornecer números.
Da Redação com informações da CNN