A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (1º), o projeto que altera a forma de cálculo do Imposto de Renda para pessoas físicas. A proposta segue agora para análise do Senado e, caso seja confirmada, garantirá isenção total para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês.
De acordo com cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), a mudança não mexe na tabela progressiva, mas cria uma dedução automática que reduz o valor do tributo.
Para quem ganha exatamente R$ 5 mil, o efeito será de isenção total, com aumento líquido de R$ 312,89 por mês na renda, o equivalente a mais de R$ 4 mil ao ano. Já salários acima desse valor terão descontos menores, até o limite de R$ 7.350.
Impacto no bolso do trabalhador:
O Sindifisco, porém, alerta que, como não há correção da tabela pela inflação, trabalhadores com renda superior a R$ 7.350 não terão qualquer benefício. A entidade defende que o governo mantenha o reajuste com base no salário mínimo até a criação de uma regra permanente. Pela Lei Orçamentária enviada ao Congresso em agosto, o mínimo será de R$ 1.631 em maio de 2026, o que traria apenas um alívio marginal de R$ 13,56 mensais mesmo para quem já não tem desconto.
O texto aprovado também estabelece que, em até um ano, o Poder Executivo deverá encaminhar ao Congresso um projeto criando uma política nacional de atualização da tabela do IRPF, para evitar novas distorções. Além disso, assegura que estados e municípios terão repasses trimestrais da União caso a arrecadação dos Fundos de Participação seja impactada pela ampliação da isenção.
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*com informações da CNN