A bancada do programa F5 da 89 Rádio Pop, recebeu, nesta quinta-feira (29), a Secretária Estadual da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura.
A conversa iniciou com a análise da secretária sobre o Caso Patrícia Roberta, de 22 anos, que veio de Caruaru para João Pessoa e foi vítima de feminicídio.
A gestora lamentou o caso e agradeceu o trabalho da Polícia Civil, que deu uma resposta muito rápida, encontrando o suspeito em menos de 24 horas.
Para Lídia, a violência contra mulher é complexa e requer união de forças entre os órgãos públicos e sociedade. Essa, tem um papel fundamental nas denúncias.
“A violência está no nosso dia a dia. O ápice é o feminicídio, mas existem outras etapas que fazem parte do ciclo da violência, desde ciúmes excessivos que são formas de dominação” – aponta.
Questionada sobre a conduta do suspeito e possíveis sinais, a secretaria aponta que é sempre difícil localizar essas informações. A única certeza, segundo ela, é que a culpa nunca é da vítima.
Ela ainda acrescenta que é preconceituosa a associação do crime à religiões de matrizes africanas. “A umbanda e as demais religiões são espaços de paz, acolhimento e relação pessoal com sagrado” – analisa.
A Secretaria e o combate à violência
Na pandemia, os casos de violência contra as mulheres aumentaram no mundo inteiro. Na Paraíba não foi diferente, os primeiros relatos são de agressores descumprindo as medidas de proteção, de acordo com a gestora.
Em 2020, 93 mulheres foram assassinadas em mortes violentas, esses casos são obrigatoriamente investigados com olhar de gênero. E em 2021, já foram notificadas 4 694 medidas protetivas de urgência na Paraíba.
Para isso, a Secretaria adotou diversas medidas, bem como a integralização e atuação em rede. Fornecendo além das medidas de proteção, abrigo, acompanhamento psicológico e acolhimentos dos filhos menores de 16 anos.
Também foi intensificado a atuação da Patrulha Maria da Penha, em parceria com a Secretaria de Segurança e Tribunal de Justiça, para fiscalizar as medidas de proteção.
Assista a entrevista na íntegra: