Desde o início da manhã, muitos postos de vacinação de João Pessoa enfrentam aglomeração e grandes filas para aplicação da vacina contra Covid-19. Um deles foi o posto do Espaço Cultural que, no final da manhã , não tinha mais imunizantes disponíveis no drive thru.
Segundo o secretário de Saúde da capital, Fábio Rocha, o medo da falta de vacinas levou a população a uma verdadeira corrida aos postos. O secretário acredita que a falta na entrega do imunizante há uma semana pelo Instituto Butantan que avisou que teria a produção interrompida, devido ao atraso na chegada dos insumos pode ter causado tudo isso, apesar do presidente da entidade, Dimas Covas, afirmar que o cronograma previsto para o mês de abril seria cumprido.
Para o secretário, ao tomar conhecimento dessas notícias e com receio da falta de vacinas, a população que tomaria a 2ª dose também correu para os postos, causando filas e aglomerações.
Fábio Rocha tranquilizou a população e ressaltou que a aplicação da segunda dose pode passar um pouco do prazo sem trazer prejuízos. ”Ela pode ser tomada com até 45 dias”, disse o secretário, apesar de ser recomendado um intervalo de 28 dias.
Ainda segundo informações da secretaria, a situação aconteceu apenas em relação à segunda dose da Coronavac, no Espaço Cultural, e que a aplicação da primeira dose continua acontecendo normalmente, com o imunizante da Astrazeneca.
A procura no aplicativo para agendamento da vacinação também foi maior e apresentou instabilidades, preocupando a população.
O secretário ainda informou que o cruzamento de dados de vacinados no sistema demonstrou que mais de 20 mil pessoas de outros municípios tomaram a vacina em João Pessoa de forma indevida e uma das justificativas para essa falha foi a apresentação de comprovantes de residência de casas de amigos ou parentes para se imunizar na capital.
Fábio Rocha pediu paciência e que a população não procure os postos de vacinação antes do período correto.
Uma nova remessa de doses da vacina é esperada ainda nesta terça (13) ou na quarta-feira (14) e, com isso, será normalizada a distribuição em no máximo dez dias.