Fechando lojas desde o ano passado, a Etna vive um momento melancólico de sua operação física. Com relação de lojas desatualizada em seu site e sem canais de comunicação oficial, a companhia parece experimentar ainda um abandono.
A família fundadora do negócio, os Kauffman, donos também da rede de joalherias Vivara, não teria mais interesse no negócio, de acordo com relatos do mercado. E a nova geração, diante do avanço da concorrência digital, bem que gostaria de vender o ativo. Mas os compradores óbvios não se interessaram.
Entre eles, a concorrente Tok&Stok, que ensaiou oferta inicial de ações recentemente. A desistência de ida à bolsa teria empacado uma tentativa de aproximação. Mas o Broadcast apurou que sobretudo o modelo de grandes lojas não chamou a atenção dos investidores da almejada compradora. A Tok&Stok está, ao contrário, apostando em lojas compactas e vendas online.
Apenas cinco pontos de venda
Em uma das áreas do site da Etna, aparece uma lista de nove lojas, dentre elas estão endereços de estabelecimentos já fechados, como o de Fortaleza (CE) e o da Marginal Tietê, onde hoje funciona um atacarejo.
Desde 2021, quatro lojas foram fechadas e, hoje, a rede conta com cinco pontos de venda. São três no Estado de São Paulo, um na capital, outro em Campinas – no Shopping Parque D. Pedro – e o terceiro no município de Sorocaba. Os outros dois endereços estão no Rio de Janeiro e Brasília.
Para se ter uma ideia do tamanho do encolhimento da empresa, em 2015, falava-se em 18 pontos espalhados pelo Brasil. Em 2021, já com a metade desse parque, a empresa fechou as portas no Nordeste. Desde o fim do ano passado, porém, nas lojas da capital paulista e de Campinas, há relatos de fim de festa, com prateleiras esvaziadas e falta de produtos. Um mau presságio, aliás, excluiu nesta semana quatro lojas do localizador do site da companhia. Quando se buscava os pontos por localização, aparecia apenas o da Berrini.
Informações: Estadão