
O Senado aprovou, nesta terça-feira (21), um projeto que institui o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas de todo o país. Agora, a proposta seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o texto aprovado, todas as escolas públicas de educação infantil e de ensino fundamental e também aquelas que recebem recursos públicos serão obrigadas a participar do programa. A matéria ainda permite a adesão de escolas particulares.
A vacinação, no entanto, não será obrigatória para os alunos.
“[A proposta] visa a articular as escolas de educação básica e os serviços de saúde […] portanto, vacinar os estudantes no ambiente escolar certamente colaborará com o aumento da cobertura vacinal que precisamos alcançar no Brasil.”, afirmou o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
As vacinações serão realizadas por equipes de saúde de unidades mais próximas às escolas e seguirão o calendário previsto na Campanha Nacional de Vacinação, divulgado pelo Ministério da Saúde.
Para o relator, a vacinação realizada por profissionais especializados ainda poderá contribuir para a educar as crianças e jovens sobre a importância da vacinação.
“A presença de profissionais de saúde nas escolas também pode ser uma oportunidade profícua para educar os estudantes sobre a importância da imunização, assim como de medidas de prevenção de doenças e promoção da saúde, fomentando a adoção de hábitos saudáveis desde a infância”, concluiu Castro.
A proposta ainda permite que crianças e jovens não matriculados nas escolas participantes e adultos da comunidade participem do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas.
Caso os pais ou responsáveis ignorem o comunicado e não compareçam à unidade de saúde, será permitido que uma equipe de saúde visite a casa para orientar sobre a importância da vacinação.
Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou dados que revelam uma reversão na queda das coberturas vacinais infantis de janeiro a outubro de 2023, mas que ainda estão abaixo da meta.
Nesse período, segundo a pasta, oito vacinas recomendadas do calendário para as crianças apresentaram aumento de cobertura, quando comparado com o índice de todo o ano de 2022.
A única doença do calendário cuja cobertura vacinal teve uma queda nesse período foi a da varicela (catapora).
*Informações G1