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Sequestro de audiência é preocupação para 82% das varejistas, aponta pesquisa
06/04/2023 / 12:17
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O mundo digitalizado cria novas dinâmicas em muitos setores da economia, e um exemplo disso, é a transformação que o varejo e o comércio em geral sofreram nas últimas décadas. A previsão dos dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico é de que, em 2023, o faturamento dos e-commerces no Brasil chegue a quase R$ 190 bilhões. Com um crescimento tão expressivo, essa indústria é bastante visada pelos cybercriminosos, e a segurança durante as compras online tem se tornado um ponto de atenção para as varejistas.

Pensando nesse cenário desafiador, a Akamai Technologies, empresa de nuvem e cibersegurança, se uniu ao Retail Dive, que publica notícias e tendências impactantes no mundo do varejo, para realizar uma pesquisa com o intuito de avaliar o quanto os varejistas estão familiarizados com o Audience Hijacking (sequestro de público) e os impacto que ele apresenta.

O estudo foi realizado com mais de 75 líderes de marketing digital, segurança de TI e tecnologia no varejo ou comércio eletrônico e entrevistou organizações com pelo menos 1.000 funcionários, gerando o relatório “Conscientização sobre o sequestro de audiência entre os varejistas on-line”.

Alguns dados da pesquisa ilustraram de forma abrangente o panorama do e-commerce: 19% de todas as transações de vendas no varejo agora ocorrem online, os gastos no comércio eletrônico aumentaram de 50% desde 2019 e 59% das empresas participantes da pesquisa disseram que o sequestro de audiência interrompe mais de 15% das visitas ao site de sua marca.

Mas o que é o Audience Hijacking e como ele impacta o varejo?

O Audience Hijacking, ou sequestro de audiência, consiste em anúncios e pop-ups não autorizados pela varejista em seu site que atraem os clientes para fora dos ecommerces, interrompendo a experiência do usuário durante a jornada de compra. Essa interrupção leva à desistência da transação, ocasionando perda de receita.

Claudio Baumann, diretor geral da Akamai Technologies para América Latina, explica que “o sequestro de audiência é um problema recorrente para os varejistas de todo o mundo, e sua extensão total deve ser analisada em cada caso pela empresa. Os varejistas que contam com lojas virtuais devem zelar pela segurança cibernética de todos os seus ambientes transacionais, especialmente para combater o Audience Hijacking em períodos sazonais com grande volume de vendas, como Black Friday e Natal, quando o cibercrime relacionado a compras online tende a crescer”.

Os varejistas não têm visibilidade sobre exatamente o que está acontecendo durante as visitas ao site, principalmente em termos de extensões, pop-ups e scripts de terceiros, executados no navegador do cliente. Embora muitas empresas atualmente invistam pesadamente em todos os aspectos do gerenciamento da experiência digital, eles ainda não conseguem explicar por que ocorre um grande número de abandonos de carrinho e isso gera prejuízos financeiros significativos.

O estudo da Akamai evidencia que o Audience Hijacking continua a ter um grande impacto nos varejistas, com 28% dos entrevistados relatando que sua maior consequência é a perda de receita. Outros 23% dizem que isso está comprometendo o ROI dos investimentos em marketing digital e quase um quarto dos entrevistados (23%) indica que o sequestro de audiência diminuiu a fidelidade de seus clientes.

É indicado que as varejistas e suas equipes de tecnologia entendam com profundidade o conceito do Audience Hijacking, apesar da complexidade que envolve essa modalidade de ataque. Analisar e entender as causas do abandono do carrinho nas transações online e, também, a frequência com que eles são abandonados, bem como os motivos do abandono, são caminhos interessantes para diminuir as conversões perdidas de clientes e, por consequência, as perdas de receita.

“A pesquisa da Akamai ajuda os varejistas e seus times de TI a entenderem melhor os desafios que serão enfrentados em relação ao sequestro de audiência. Ao que tudo indica, não há sinais de que essa prática cessará nos próximos tempos. Então, é importante mapear a necessidade de cada e-commerce e implementar as soluções de cibersegurança que mais se adequam a cada realidade”, finaliza Baumann.