É difícil prever como os hábitos, os negócios ou o mercado de trabalho estarão daqui a alguns anos. Mas é possível enxergar tendências porque a economia não é estática.
Segundo a teoria das ondas de inovação elaborada pelo economista Joseph Schumpeter, a próxima grande tendência é a sustentabilidade e o ESG. De acordo com o conceito, a onda da sustentabilidade teve início em 2020 e vai se prolongar, pelo menos, até 2045, ou seja, pelos próximos 23 anos.
É por isso que a busca por profissionais especializados em ESG cresceu tanto nos últimos anos e tende a seguir em alta pelas próximas duas décadas. Por outro lado, o número de profissionais qualificados no tema é muito baixo e gera uma busca apressada do mercado. Isso significa que o profissional que será mais buscado pelas próximas duas décadas, já está em falta.
A era da sustentabilidade será marcada por modelos de negócios mais sustentáveis, conscientes e responsáveis com a sociedade e com o planeta. E, na prática, isso já está acontecendo. Só aqui no Brasil, 95% das empresas têm ESG como prioridade em suas agendas, segundo esta pesquisa.
Para 69% dos executivos C-Level de 16 países do mundo, trabalhar temas de sustentabilidade é essencial para o sucesso de qualquer negócio. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Google Cloud em parceria com a consultoria The Harris Poll.
A busca por profissionais se justifica pelo fato de que as empresas precisam de especialistas que saibam colocar as estratégias ESG em prática.
Em 1945, o economista Joseph Schumpeter elaborou a teoria das ondas de inovação, pela qual afirma que o capitalismo nunca fica parado, mas sim em constante evolução.
De acordo com o especialista, existe um motor por trás do capitalismo que o faz se reinventar de tempos em tempos: é a chamada destruição criativa.
Esse fenômeno acontece quando novas tendências, negócios e tecnologias são introduzidos na sociedade e causam um impacto tão, mas tão profundo, que chegam a reestruturar a economia – e, assim, acabam moldando e empurrando o capitalismo para frente, para a sua próxima era.
É exatamente a partir desse fenômeno que surgem as ondas de inovação. Até hoje, o mundo já completou 5 grandes ondas:
Hoje, o mundo já vive a sexta grande onda: a da sustentabilidade e do ESG. E é justamente dentro desse ciclo que a revolução ESG está se desdobrando, a ponto de já ter prendido a atenção de governos, empresas e executivos de todo o mundo, passando a guiar as suas decisões nos últimos anos.
O tema foi destaque do último Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro deste ano, com os maiores líderes empresariais e políticos do mundo.
A primeira onda foi a Revolução Industrial, marcada pela chegada das fábricas de produção, principalmente a têxtil. Um dos maiores nomes desse ciclo foi o fabricante inglês Richard Arkwright, que fez história com a invenção da Water Frame, uma máquina de fiar hidráulica que transformava a fibra do algodão em fio.
A segunda onda foi a Idade do Vapor, marcada pelas máquinas a vapor, ferrovias e pelo uso do aço. Já a terceira onda, conhecida como Era da Eletricidade, introduziu as linhas de montagem, os motores à combustão, a eletricidade e o uso de produtos químicos. Foi a época de ouro do Fordismo, modelo de produção criado por Henry Ford.
A quarta onda é chamada de Produção em Massa e trouxe os primeiros eletrônicos, aviões e o uso de produtos petroquímicos na indústria.
E a quinta onda é conhecida pelas Redes e Tecnologias da Informação e Comunicação, o que inclui a chegada disruptiva da internet, dos softwares e das redes sociais, tendo Bill Gates, Steve Jobs e Mark Zuckerberg como algumas das suas figuras mais bem-sucedidas.
Com informações da Revista Exame