Em um relatório divulgado hoje (17) pelo Sindalcool-PB, foi destacada a vantagem econômica do etanol em algumas localidades da Paraíba. O levantamento interno, baseado nos dados do sistema Preço da Hora Paraíba, abrange cidades desde o Litoral até o Sertão do estado, revelando uma diferença média de preço de R$ 1,50 entre o etanol e a gasolina comum.
A capital, João Pessoa, e o município de Caaporã, no Litoral Sul, apresentam a média mais baixa para o biocombustível, com um preço de R$ 4,14.
O estudo aponta que as maiores discrepâncias entre o etanol e o combustível fóssil são encontradas em Caaporã (com uma diferença de R$ 1,70) e Juazeirinho (com uma diferença de R$ 1,60), localizado no Seridó.
Cidades de grande porte, como Campina Grande e Sousa, também oferecem vantagens consideráveis para o uso de etanol, com diferenças de R$ 1,52 e R$ 1,55, respectivamente.
Essas mudanças nos preços dos combustíveis se devem aos recentes reajustes anunciados pela Petrobras no dia 15.
Para otimizar seus gastos, os motoristas podem calcular o custo por quilômetro rodado. Embora algumas pessoas ainda sigam a “regra” de que abastecer com etanol só é vantajoso se o preço do biocombustível estiver a 70% do preço da gasolina, o Sindalcool-PB enfatiza que essa regra é ultrapassada e não condiz com a atual realidade.
O sindicato aconselha os consumidores a considerar o consumo energético de seus veículos. Para fazer isso, basta pesquisar a média de consumo do carro e o preço médio do combustível, e então dividir o preço pelo consumo para obter uma análise mais precisa.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool-PB), Edmundo Barbosa, a antiga regra do 70% só se refere ao poder calorífico entre os combustíveis, não em relação ao rendimento, e também não considera as emissões de CO2 por quilômetro.
Outro estudo do Sindalcool-PB, divulgado no ano passado, mostrou que o consumo do biocombustível etanol no estado evitou 316.422 toneladas de CO2 na atmosfera. Os dados levam em conta o abastecimento com etanol na Paraíba entre os meses de janeiro a outubro deste ano. Por isso, segundo o sindicato, as emissões poluentes evitadas pelo etanol ainda são maiores.
Segundo o Sindalcool-PB, em comparação ao seu principal concorrente, a gasolina, o etanol evita cerca de 90% da quantidade de CO2. A entidade também ressalta que o etanol anidro, além de aumentar a octanagem do combustível fóssil, também ajuda a reduzir as emissões do blend.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a queima de combustíveis fósseis, de onde vem grande parte das emissões mundiais, é responsável pelas mudanças climáticas, pelo aumento das doenças, entre outras consequências graves contra o desenvolvimento sustentável.