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Sonda chinesa decola com amostras do lado oculto da Lua
04/06/2024 / 19:36
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A sonda lunar Chang’e-6 da China partiu do lado oculto da Lua nesta terça-feira (4), chegando mais perto de completar uma missão ambiciosa que sublinha a ascensão do país como uma superpotência espacial.

Em um momento simbólico antes da decolagem, a China também se tornou o primeiro país a exibir sua bandeira nacional no lado oculto da Lua, que permanentemente fica voltado para longe da Terra.

A sonda, carregando as primeiras rochas lunares já coletadas do lado oculto da Lua, decolou e entrou em órbita lunar no início da manhã de terça-feira, horário de Pequim, após uma coleta bem-sucedida de amostras nos dois dias anteriores, de acordo com um comunicado da Administração Espacial Nacional da China (CNSA).

A viagem de retorno à Terra está estimada em cerca de três semanas, com um pouso esperado na região da Mongólia Interior, na China, por volta de 25 de junho.

O retorno bem-sucedido das amostras daria à China uma vantagem inicial em aproveitar os benefícios estratégicos e científicos da exploração lunar expandida – um campo cada vez mais competitivo que contribuiu para o que o chefe da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), Bill Nelson, chama de uma nova “corrida espacial”.

No início deste ano, Nelson pareceu reconhecer que o ritmo da China – e preocupações sobre suas intenções – estava impulsionando a urgência americana de retornar à Lua, décadas após as missões tripuladas Apollo.

Uma foto postada pela CNSA na terça-feira e que está em alta na plataforma Weibo, similar ao X (antigo Twitter), mostra a superfície perfurada em uma forma que se assemelha ao caractere chinês “zhong”, ou “meio” em inglês – o primeiro caractere na palavra chinesa para “China”.

A sonda Chang’e-6 resistiu “ao teste de altas temperaturas” e coletou as amostras perfurando a superfície da Lua e recolhendo o solo e as rochas com um braço mecânico, disse a CNSA.

Após coletar as amostras, a Chang’e-6 estendeu um braço robótico para erguer a bandeira chinesa, de acordo com uma animação divulgada pela CNSA.

*Informações CNN