Mesmo com o cenário de incertezas no Brasil, o mercado de educação é um dos que mais cresce. O impacto na suspensão das aulas presenciais ao longo desses dois últimos anos deixou evidente a necessidade da tecnologia aplicada à área e impulsionou empresas a desenvolverem ferramentas e metodologias com foco no aprendizado remoto, se tornando a principal alternativa para o ensino.
De acordo com o levantamento realizado pela Distrito, ecossistema de transformação e inovação aberta do país, o Brasil registrou um aumento de 28% no número de EdTechs, passando de 434 em 2019 para 559 em dezembro de 2020, que estão distribuídas em ensinos específicos (22,4%), novas formas de ensino (22,2%), plataformas para a educação (20%), ferramentas para instituições (17,5%), foco no estudante (11,1%), conteúdo educativo (4,1%) e financiamento do ensino (2,7%).
Além desse crescimento, segundo o Inside Venture Capital Report, relatório do Distrito Dataminer, braço de inteligência da Distrito, elas chegaram a levantar US$525 milhões neste ano e a tendência é só aumentar.
Grande parte dessas startups estão no Sudeste, que detém uma fatia de 58,7% das Edtechs, seguido pelo Sul, com 20,7%, e o Nordeste, com 10,4%. Já o Centro-Oeste do país representa 8% e o Norte, 2,3% de empresas do segmento, aponta o mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) sobre as tecnologias educacionais brasileiras. Dentre os estados, São Paulo é quem domina o cenário nacional com 37,5% das empresas educacionais. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem na sequência, com 9,7% e 9,5%, respectivamente.
Os ensinos específicos e novas formas de ensino são o foco de boa parte das startups de educação no Brasil e têm se tornado porta de entrada para o surgimento de novas iniciativas e chegada de outras Edtechs. É o caso da BYJU’S FutureSchool, edtech que, aqui no Brasil, oferece aulas de programação com uma metodologia desenvolvida especialmente para crianças e adolescentes dos 6 aos 15 anos, que possibilita que elas desenvolvam habilidades como raciocínio lógico e concentração, que serão imprescindíveis no futuro.
A startup criada na Índia está expandindo sua presença para países como Estados Unidos, México, Indonésia, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, além do Brasil. Por aqui, a BYJU’S FutureSchool foi lançada em julho e já conta com mais de 4 mil alunos, em todo território nacional, cerca de 480 professoras parceiras e já realizou mais de 40 mil horas/aulas.
“Há um grande leque ainda para ser explorado dentro desse segmento. A nossa missão vai muito além de uma formação técnica, o que nos motiva é estimular a criatividade, o raciocínio lógico, o pensamento crítico – habilidades que serão fundamentais para que esses jovens possam lidar com os desafios do presente e do futuro”, comenta Fernando Prado, country manager da BYJU’S.