RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dia após ter sido chamada de “descontrolada” pelo ministro Wagner Rosário (Controladoria Geral da União), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que o episódio já ficou para trás, mas lembrou que as mulheres sempre foram taxadas de “histérica, louca e descontrolada” ao ganharem espaço no mercado de trabalho.
“Como mulher, como cidadã, como mãe, para mim isso é página virada, mas, como Líder da Bancada Feminina, entendo ser preciso que esse episódio venha a público pelo menos em caráter educativo”, afirmou a senadora.
“Eu brinco dizendo que, no embate político, podem nos chamar de feias, de gordas, de velhas, a gente sabe se defender disso tudo, mas é histórico que a mulher, quando resolveu sair de casa, ela começou a ser taxada de histérica, louca, descontrolada, e até pouco antes do século passado nos internavam em manicômios”, afirmou.
Diversos senadores manifestaram apoio à Simone Tebet e criticaram a postura do ministro Wagner Rosário.
Em contraponto, o senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) rebateu que o ministro foi procurado durante todo o depoimento.
“Ele foi provocado do início ao fim. É claro que um erro não justifica o outro. Ele se excedeu com a nossa colega, senadora Simone Tebet, errou, mas a gente precisa compreender que nós precisamos aqui ter mais respeito com as pessoas que vêm depor, não ficar induzindo respostas, colocando palavras na boca das pessoas”, afirmou.