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Textos e trabalhos artísticos de estudantes da rede estadual integram exposição na Fundação Casa de José Américo
21/08/2024 / 17:46
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Estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria Geny de Sousa Timóteo, do Bairro do Róger, em João Pessoa, estão produzindo textos e trabalhos artísticos com temática alusiva à Consciência Negra e que farão parte de uma exposição no mês de novembro na Fundação Casa de José Américo (FCJA).

A exposição é resultado de uma parceria da FCJA com a Escola Professora Maria Geni, por meio do projeto Escrita nas Estrelas, coordenado pela professora Ana Coutinho, pesquisadora voluntária da Fundação Casa de José Américo. A exposição de textos e trabalhos artísticos fazem parte das comemorações do mês da Consciente Negra. “Esta escola estadual ficou em primeiro lugar no prêmio Minha Escola é Antirracista”, enfatiza a professora e pesquisadora Ana Coutinho.

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O Minha Escola é Antirracista, promovido pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEE), visa selecionar e apoiar projetos escolares voltados para o letramento racial na comunidade escolar. Este ano, a iniciativa previa em seu edital que contemplaria 50 projetos provenientes de escolas localizadas nas 14 Gerências Regionais de Ensino, proporcionando aporte financeiro de até R$ 20 mil para a implementação das propostas.

Na semana passada, no período de 12 a 16 de agosto, a escola localizada no Róger realizou mais uma edição do Festival de Artes Maria Geny (Festival MarGen), contemplando atividades de pintura, arte circense (palhaços), música, canto, dança, poesia, cinema, origami, embelezamento e de cultura popular em geral.

O MarGen existe há quatro anos e começou durante a pandemia do novo coronavírus, de forma on-line. A professora Renata Lima, que atua desde o início como coordenadora-geral, destaca: “Construímos juntos com a gestora Cidilene Andrade e o professor Edmilson Cantalice. Outros professores também foram chegando nesse processo, como Didi Machado, Luciana Portela, Ubiracy Gadelha, Kátia Nascimento, entre outros”.

Ela também ressalta que, nas quatro edições do MarGen, muitos artistas passaram pelo festival, a exemplo de Ricardo Peixoto, Cybele Dantas, Ana Rosa, Viktor Makeba, Ayleen Vant. Também foram homenageados alunos, ex-alunos e professores por suas contribuições para a arte e a cultura.

O tema do Festival MarGen deste ano foi ‘Nação Roger’, com a intenção de “exaltar a arte e a cultura do Bairro, onde reside a maioria de nossos estudantes”. No processo de pesquisa e criação artística das turmas, diz a professora Renata, foram observados o envolvimento e a entrega dos estudantes, e a “percepção deles de que muitos já são artistas e fazedores de cultura, que muitas vezes, por fazer parte da rotina deles, não entendem dessa forma”.

Durante o festival, na semana passada, ocorreram apresentações dos estudantes e professores, além de oficinas, exposições, mostra de cinema (Cine MarGen), participação da Capoeira Angola Palmares; da Escola de Samba Unidos do Róger; apresentação do acervo da também Escola de Samba Catedráticos do Róger (acervo); dos grupos Urso Sem Lenço, Sem Documento e Urso Gavião; da cantora Yasmin Luna, do Centro Cultural Piollin; da Artyoga; do Instituto Pompeu; e da Casa Pequeno Davi (vídeo). “Praticamente, todos artistas, grupos ou organizações da sociedade civil que constroem a cultura do Bairro do Róger”.

“Todos os professores da escola têm abraçado e contribuindo com o festival, cada qual com suas habilidades, para estimular o máximo possível os alunos para que eles sejam protagonistas, participando ativamente do projeto”, diz Didi Machado, professor de Inglês da Escola Maria Geni.