Um forte terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28), sendo sentido também na Tailândia e na China. O tremor causou destruição em diversas regiões, deixando ao menos 144 mortos e 732 feridos em Mianmar, segundo a TV estatal do país.

Na Tailândia, o impacto foi sentido na capital Bangkok, onde um arranha-céu em construção desabou. Equipes de resgate procuram 110 desaparecidos nos escombros. Pelo menos nove pessoas morreram na cidade, de acordo com informações da agência Reuters.

O epicentro do terremoto foi localizado a 16 km da cidade de Mandalay, em Mianmar, a uma profundidade de 10 km, o que intensificou os danos. Diante da destruição, a junta militar do país declarou estado de emergência em seis regiões e solicitou ajuda internacional para o resgate e assistência às vítimas.

A infraestrutura já debilitada do país agravou a crise, dificultando o atendimento aos feridos. A União Europeia, a França e a Índia manifestaram intenção de enviar ajuda humanitária.

Destruição em Mianmar

Relatos indicam que duas pontes colapsaram e diversos prédios foram destruídos em pelo menos cinco cidades. Em Mandalay, um bairro foi tomado por incêndios e moradores descreveram cenas de pânico, com edifícios desmoronando e serviços essenciais interrompidos.

Imagens captadas mostram passageiros correndo em meio à destruição no Aeroporto Internacional de Mandalay durante os tremores. Estradas e linhas telefônicas também foram comprometidas.

Alerta na Tailândia

Em Bangkok, o terremoto fez edifícios tremerem e derrubou um prédio em construção. Vídeos registraram o momento em que a água de uma piscina no topo de um edifício transbordou, formando uma cascata em plena área urbana. As sirenes de emergência foram acionadas, levando centenas de moradores às ruas.

Diante do impacto, o primeiro-ministro da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, declarou estado de emergência na capital e alertou os cidadãos sobre possíveis réplicas do terremoto.

Ajuda internacional e riscos futuros

O chefe da ONU, António Guterres, afirmou que as Nações Unidas estão mobilizando apoio para os países afetados. A Cruz Vermelha também expressou preocupação com os danos à infraestrutura pública e o risco de colapso de represas.

Autoridades alertam que o número de mortos pode aumentar, já que muitas áreas continuam isoladas e os resgates seguem em andamento. Estudos do Serviço Geológico dos Estados Unidos indicam que a região é altamente vulnerável a terremotos, com histórico de tremores de grande magnitude.

A junta militar de Mianmar, que governa o país desde um golpe de Estado em 2021, enfrenta críticas pela demora na resposta ao desastre e pela limitação no acesso à internet, o que pode prejudicar a comunicação e o socorro às vítimas.

Equipes de resgate seguem mobilizadas na busca por sobreviventes, enquanto a comunidade internacional monitora a situação e avalia o envio de mais apoio aos países atingidos.