A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) os principais pontos do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns em poder do Hamas e a posterior reconstrução do território sob supervisão internacional.
De acordo com o documento, um governo de transição chamado “Conselho da Paz” seria criado para administrar Gaza, chefiado por Trump e com a participação de outros líderes, entre eles o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Esse órgão ficaria responsável pela gestão e pelo financiamento da reconstrução até que a Autoridade Palestina assumisse novamente o controle, após reformas políticas internas.
O plano determina que todos os reféns, vivos ou mortos, sejam libertados em até 72 horas após a aceitação pública por Israel. Em contrapartida, o governo israelense libertaria 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua e outros 1.700 palestinos detidos desde outubro de 2023, incluindo mulheres e crianças. Além disso, os restos mortais de habitantes de Gaza seriam devolvidos.
O Hamas ficaria excluído de qualquer participação no governo local, mas seus integrantes que aceitarem a rendição pacífica e a entrega das armas poderiam receber anistia ou deixar o território com passagem segura. A proposta também prevê a destruição de túneis e de toda a infraestrutura militar, com acompanhamento de monitores independentes.
Outro ponto central é a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel, que entregariam progressivamente o território a uma Força Internacional de Estabilização, formada com apoio dos Estados Unidos, Egito, Jordânia e outros parceiros regionais.
A reconstrução de Gaza incluiria ajuda humanitária imediata, investimentos em infraestrutura, hospitais e serviços públicos, além da criação de uma zona econômica especial para estimular o desenvolvimento. O plano estabelece ainda que Gaza não será anexada por Israel e que nenhum habitante será forçado a deixar o território.
Segundo o governo americano, o objetivo é transformar Gaza em uma região “desradicalizada, livre de terrorismo e economicamente próspera”. O acordo também abre espaço para um diálogo político futuro entre Israel e palestinos sobre a autodeterminação e a criação de um Estado palestino.
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*com informações da CNN Brasil