O presidente eleito Donald Trump afirmou que executará seu plano de realizar “a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos” ao retomar a Presidência, em janeiro.
Em entrevista à NBC News na quinta-feira (7), Trump confirmou que levará adiante sua promessa de campanha. Questionado sobre o custo da medida, Trump afirmou que “não é uma questão de valores”.
“Não temos escolha quando as pessoas têm matado e assassinado, quando os traficantes destroem países. Agora, eles vão voltar para esses países, porque não vão ficar aqui. Não há preço”, afirmou Trump.
O republicano não detalhou, na entrevista, exatamente o público-alvo das deportações, mas fez ataques, durante a campanha, à presença de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos.
O discurso anti-imigração marcou fortemente a campanha de Trump, que chegou a difundir, durante um debate presidencial contra Kamala Harris, uma fake news envolvendo imigrantes haitianos supostamente “comendo os cachorros e gatos” de norte-americanos na cidade de Springfield, em Ohio. Apesar da afirmação falsa, Trump venceu a eleição em Springfield.
Na entrevista à NBC News, o presidente eleito também afirmou que buscará “tornar a fronteira forte e poderosa”, mas disse querer que as pessoas continuem entrando nos EUA.
“Eu não sou alguém que diz: ‘Não, você não pode entrar’. Queremos que as pessoas entrem”, afirmou.
Segundo Trump, sua vitória ampla sobre Kamala nas eleições representa uma autorização da população norte-americana para “trazer bom senso ao país”.
De acordo com o republicano, seu discurso sobre imigração ressoou com os eleitores, que “querem ter fronteiras e gostam que as pessoas entrem”. “Mas eles [imigrantes] precisam entrar com amor pelo país. Eles precisam entrar legalmente.”
Trump ainda disse ter percebido que poderia haver um “realinhamento” de seu modo de pensar com o da população norte-americana, ao mesmo tempo que os “democratas não estão alinhados com o pensamento do país”.
Ainda durante a entrevista, Trump afirmou que teve conversas “muito boas e respeitosas” com Kamala e com o presidente Joe Biden. Segundo ele, a democrata, atual vice-presidente, disse desejar que a transição de governo fosse “a mais tranquila possível”. “Eu concordo, é claro”, declarou Trump.
Em seu discurso após a eleição, na quarta-feira, Kamala já havia dito que ajudaria Trump e sua equipe com a transição, prometendo uma “transferência pacífica de poder”. Biden fez um pronunciamento, na quinta-feira, reforçando essa posição.
Sobre Biden, Trump também disse que ele e o atual presidente concordaram em almoçar juntos “muito em breve”.
Com informações de g1