Em uma decisão controversa, o governo do presidente Donald Trump revogou a autorização da Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros, alegando que a instituição promove um ambiente hostil para alunos judeus e “políticas racistas de diversidade, equidade e inclusão”. A medida, anunciada pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afeta diretamente cerca de 6.793 estudantes internacionais atualmente matriculados na universidade.
A revogação da certificação no programa federal de vistos estudantis, impede Harvard de emitir documentos essenciais para vistos estudantis, colocando em risco a permanência legal desses alunos nos Estados Unidos. Além disso, o governo federal já congelou US$ 2,2 bilhões em verbas destinadas à universidade, intensificando a pressão sobre a instituição.
Harvard reagiu prontamente, classificando a ação como ilegal e prejudicial à sua missão acadêmica. A universidade entrou com uma ação judicial contestando a decisão, e um juiz federal na Califórnia emitiu uma liminar que bloqueia temporariamente a revogação e impede a deportação dos estudantes afetados até que o caso seja julgado.
A medida faz parte de uma campanha mais ampla do governo Trump contra instituições de ensino superior que, segundo a administração, promovem ideologias contrárias aos valores americanos. Outras universidades de elite, como Columbia e Princeton, também enfrentaram cortes de financiamento e investigações federais sob acusações semelhantes.