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UFPB e Fiocruz realizam estudo sobre pós-covid
06/02/2023 / 16:07
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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Biomanguinhos-Fiocruz), vai realizar o acompanhamento de pessoas que acometidas por Covid-19 com realização de exames gratuitos para conhecer a resposta imunológica e verificar a função de vários órgãos.

O atendimento ao público de voluntários faz parte da pesquisa “Condição Pós-Covid-19 / Síndrome Pós-Covid 19 e outros aspectos epidemiológicos da Covid19: Estudo de Caso-controle”, trabalho de abrangência nacional que avaliará 2 mil pessoas em 04 anos. Na Paraíba, o estudo, que está sendo desenvolvido pelo Centro de Ciências Médicas da UFPB, ocorre em João Pessoa e nos municípios de Alhandra, Conde e Caaporã, cidades nas quais a UFPB e a FioCruz já desenvolvem outras pesquisas de relevância internacional sobre o imunizante de febre amarela.

Serão avaliadas pessoas que tiveram Covid-19 no passado e pessoas que apresentem novas infecções. Para as pessoas com infecção no passado será realizada uma entrevista, e no grupo com infecção recente além de entrevista serão coletados exames.

Os exames vão avaliar, por exemplo, a função renal, função hepática, da tireóide, dentre outros, para investigar se as funções podem ter sido afetadas, ou se a pessoa já podia ter um diagnóstico anterior. Os participantes vão receber os exames e, em caso de alteração, serão orientados pela equipe a buscar atendimento médico. Os participantes terão a saúde acompanhada por 03 ou 04 anos.

As pessoas interessadas em participar da pesquisa como voluntários podem entrar em contato com a equipe de pesquisadores pelo e-mail centrodepesquisaposcovid@gmail.com ou pelo telefone (83) 99895-0202.

A partir do estudo liderado pela UFPB com patrocínio da Fiocruz será possível compreender qual o percentual de pessoas que evoluem com queixas prolongadas da Covid, quais são os sintomas mais prevalentes, se esses sintomas geram limitações para os pacientes e quais são as pessoas com maior risco de desenvolver a síndrome, por exemplo.

“Além disso a gente vai compreender aspectos sobre a imunidade, verificar se esse desenvolvimento das formas prolongadas da Covid tem a ver com alguma diferença de imunidade das pessoas e, também, vamos identificar como se dá a transmissão dentro de casa e o papel da vacina na prevenção das formas graves da doença e das formas prolongadas da doença”, explicou o Prof. Alexandre Medeiros, do Centro de Ciências Médicas da UFPB.

A identificação dos principais sintomas e limitações apoiará o planejamento para a oferta dos serviços de saúde em todo país. De acordo com o pesquisador, as informações levantadas pela pesquisa serão essenciais para identificar pessoas que podem ficar com sequelas da Covid-19, pensar como enfrentar os impactos desta síndrome e desenvolver políticas públicas para cuidar das pessoas acometidas.