João Pessoa 25.13ºC
Campina Grande 21.9ºC
Patos 24.85ºC
IBOVESPA 134572.45
Euro 6.1938
Dólar 5.6002
Peso 0.0058
Yuan 0.7898
Usinas da Paraíba alcançam segunda posição na produção de etanol do Nordeste
22/07/2024 / 16:38
Compartilhe:
Paraíba destacou-se na região Nordeste, ocupando o terceiro lugar na moagem de cana e o segundo na produção de etanol, superada apenas por Alagoas – Foto: Sindacool-PB

As usinas de açúcar e etanol da Paraíba concluíram a safra 2023/2024 na segunda quinzena de junho. Durante este período, foram moídas 7.341.806 toneladas de cana-de-açúcar, resultando na produção de 230.059 toneladas de açúcar e 381 milhões de litros de etanol. De acordo com o Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), as usinas alcançaram o posto de 2º maior produtor de etanol do Nordeste. Atualmente, o estado se encontra em período de entressafra, com a previsão de início da safra 2024/2025 para meados de agosto.

Confira abaixo os principais números da safra 2023/2024:

  • Total de cana moída: 7.024.137 toneladas
  • Total de açúcar: 230.059 toneladas
  • Total de etanol: 364.644 litros

O Sindalcool-PB informou que houve uma pequena queda de cerca de 6% na quantidade de cana moída em comparação à safra anterior. No entanto, a safra ainda foi considerada positiva em termos de moagem e condições climáticas.

O sindicato explicou que, embora tenha havido uma redução no volume de chuvas, o principal fator foi a distribuição dessas chuvas. Na safra 2022/2023, as chuvas foram mais bem distribuídas ao longo do período, o que favoreceu o desenvolvimento da cana. Mesmo com a ligeira diminuição nas precipitações, houve uma boa produção, demonstrando a resiliência do setor diante das variações climáticas. Além disso, outros fatores contribuíram positivamente, como a elevação da produtividade média em algumas áreas e a introdução de novas áreas com tecnologias avançadas, como a irrigação por gotejamento.

Receba as notícias do F5Online no WhatsApp

Produção de etanol e exportações

A Paraíba destacou-se na região Nordeste, ocupando o terceiro lugar na moagem de cana e o segundo na produção de etanol, superada apenas por Alagoas. Na safra 2023/2024, a Paraíba produziu 381.131.000 litros de etanol, enquanto Alagoas produziu 468.438.000 litros.

Em relação às exportações, nos primeiros seis meses deste ano, o setor exportou mais de 52 mil toneladas de açúcar para 11 países. Os principais destinos foram a República do Congo e os Estados Unidos, refletindo a forte demanda internacional pelo açúcar produzido na região.

Nesse mesmo sentido, o Sindalcool-PB observa um movimento crescente no consumo de etanol, impulsionado tanto pela sua competitividade de preço quanto pela crescente conscientização ambiental entre a população. O consumo acumulado nos primeiros cinco meses de 2024 foi o mais alto desde 2019, indicando um ano muito positivo para a Paraíba, com os consumidores mostrando uma clara preferência pelo etanol.

Crescimento na produção de açúcar

Essa safra também registrou o crescimento na produção de açúcar, que pode ser atribuído a vários fatores. Primeiramente, a imprevisibilidade das políticas de precificação dos combustíveis tem desfavorecido os biocombustíveis, como o etanol, em comparação com os produtos fósseis. Isso tem levado os produtores a focar mais na produção de açúcar.

Além disso, o mercado internacional favorável também desempenhou um papel significativo. A expectativa é que a produção continue a crescer nas próximas safras, sem negligenciar a importância do etanol. Um exemplo claro dessa dinâmica é a Índia, o segundo maior produtor de açúcar, que está enfrentando condições climáticas adversas, resultando em uma queda na produção.

Setor emprega cerca de 20 mil trabalhadores

Em relação à geração de empregos diretos nos primeiros meses de 2024, o setor sucroenergético acumulou cerca de 12.987 postos de trabalho. Esse número tende a aumentar à medida que a safra avança, dado que o setor opera em ciclos safristas. A estimativa é que o setor empregue de 18 a 20 mil trabalhadores até o final do ano, conforme a média dos anos anteriores. Além disso, o número de empregos indiretos quase dobra, considerando o efeito multiplicador e a presença do setor em diversos municípios do estado.