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VACINAS VENCIDAS: MPF diz que prefeito de Lucena pode ser responsabilizado
27/01/2022 / 15:30
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O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) encerrou nesta semana a fase de depoimentos sobre o escândalo da aplicação de vacinas contra a covid-19 da Pfizer que estavam fora do prazo de validade na população de Lucena, incluindo em crianças de 5 a 11 anos, que receberam imunizantes vencidos e destinados a adultos.

O órgão ouviu uma série de pessoas envolvidas direta e indiretamente com o caso, como a técnica de enfermagem que aplicou as doses, a ex-coordenadora de imunização de Lucena, a mãe que fez a denúncia nas redes sociais, o ex-secretário de Saúde do município e o prefeito.

O MPF informou que o prazo de conclusão da apuração do caso é de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. Até o momento, o órgão afirma que não há indicação de que o fato tenha ocorrido em outros municípios, mas que ainda serão solicitados alguns documentos.

O MPF alegou que os dados registrados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI/COVID), do Ministério da Saúde, ainda não estão qualificados, podendo conter erro de registro e ou, ainda, a duplicação dos dados registrados, visto que o sistema de informação não responde a todas as necessidades para análise de registros.

“Além disso, como é de conhecimento geral, o sistema do MS de registro das doses aplicadas ficou inoperante por 30 dias, impossibilitando o acompanhamento real da evolução dos dados registrados. Reforça-se ainda que o quantitativo de erros de imunização, na faixa etária de 05 a 11 anos do laboratório Pfizer, pode se justificar pelo fato do sistema oficial do Ministério da Saúde ainda não diferenciar a vacina Pfizer adulto e a pediátrica. Portanto, esses dados não condizem necessariamente com a realidade do Estado da Paraíba”, disse

O MPF afirmou que há possibilidade de gestores serem responsabilizados, inclusive o prefeito.