A Arquidiocese da Paraíba emitiu nota nesta segunda-feira (20/11) negando que o arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson tenha aprovado prestação de contas apresentada pelo Padre Egídio de Carvalho Neto quando diretor do Hospital Padre Zé, em abril de 2022.
Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, está preso desde a última sexta-feira (17), acusado de liderar um esquema de desvio de recursos públicos estimado em R$ 140 milhões, entre 2013 e 2023. De acordo com investigações do Ministério Público/Gaeco, os desvios foram operacionalizados através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana.
Na nota, a arquidiocese alega que o documento obtido por veículos de imprensa – autenticado em cartório citando que foram apresentadas as prestações de contas social e contábil pela ASA, presidida por Dom Delson, ocasião em que as contas teriam sido aprovadas – “refere-se à ata de uma assembleia realizada pela Ação Social Arquidiocesana. Nessa assembleia, foram apresentados os projetos em andamento, através de explanações feitas pelo Secretário Executivo e pela Contadora da instituição, à época”.
“É importante destacar que a referida assembleia não tratou de prestações de contas do Hospital Padre Zé. A Arquidiocese da Paraíba reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão de suas atividades e está à disposição para esclarecimentos
adicionais, visando a compreensão correta dos fatos por parte da comunidade e da sociedade em geral”, afirma a nota divulgada pela assessoria jurídica da arquidiocese estadual.
De acordo com o Gaeco, Egídio é ligado a 29 imóveis na Paraíba, em Pernambuco e em São Paulo. As autoridades investigam se as residências e outros bens do padre foram adquiridos com dinheiro público desviado.
Confira íntegra da nota divulgada pela Arquidiocese da Paraíba: