O mercado de itens de design tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil nos últimos anos. Em 2019, o setor movimentou cerca de R$ 14,5 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign). Em 2020, apesar dos impactos da pandemia, o mercado manteve um crescimento de 5,6%, com um faturamento de R$ 15,3 bilhões.
Em 2021, o mercado de design continuou sua trajetória de expansão, impulsionado pela aceleração da transformação digital. Com o aumento da busca por soluções tecnológicas e inovadoras, o setor registrou um crescimento de 7,8%, atingindo um faturamento de R$ 16,5 bilhões. Esse cenário positivo se manteve em 2022, com um crescimento de 8,2% e um faturamento de R$ 17,8 bilhões.
As perspectivas para o setor de itens de design no Brasil são bastante animadoras. Segundo um estudo da consultoria KPMG, o mercado de design deve continuar crescendo em média 8% ao ano até 2025, quando a previsão é que alcance um faturamento de R$ 22,5 bilhões.
Produtos como forno holandês, amassadores de lata rústicos, churrasqueiras de ferro fundido, revestimentos especiais, facas especiais são itens que ganharam espaço recentemente.
Entre os segmentos que mais têm contribuído para o crescimento do mercado de design no Brasil estão a moda, nicho de coisas de cozinha feitos de ferro fundido, a decoração, e arquitetura. A moda, por exemplo, tem se destacado pela criação de coleções exclusivas e pela preocupação crescente com a sustentabilidade. Já a decoração e a arquitetura têm investido cada vez mais em soluções que aliam design e funcionalidade, como móveis multifuncionais e soluções de iluminação inteligentes.
Além disso, a crescente valorização do design brasileiro tem contribuído para impulsionar o mercado. Cada vez mais empresas e consumidores estão reconhecendo a importância do design nacional e valorizando os produtos criados por designers brasileiros. Esse movimento tem impulsionado a produção de peças exclusivas e de alta qualidade, que conquistam cada vez mais espaço no mercado.
Outra tendência que tem se consolidado no mercado de design é a busca por soluções mais sustentáveis e responsáveis. Cada vez mais empresas têm investido em materiais e processos de produção mais eco-friendly, em busca de um modelo de negócios mais sustentável e alinhado com as demandas dos consumidores.
É importante destacar que o mercado de itens de design tem sido cada vez mais impulsionado pelo e-commerce. Com o aumento das vendas online, os designers têm mais oportunidades de divulgar e vender suas criações para um público mais amplo. Essa tendência deve se manter nos próximos anos, com a expansão do comércio eletrônico e a popularização das redes sociais como canais de venda.
De acordo com um estudo da Ebit/Nielsen, as vendas do comércio eletrônico cresceram 47% em 2020 em comparação com o ano anterior. Isso mostra que o mercado de design também teve que se reinventar e apostar em vendas online para continuar atendendo seus clientes. Além disso, muitas empresas começaram a investir em tecnologia e inovação para se destacar da concorrência.
No entanto, mesmo com os desafios impostos pela pandemia, o mercado de design no Brasil apresenta perspectivas positivas para os próximos anos. Segundo um estudo da consultoria Euromonitor, o mercado de artigos de decoração no Brasil deve crescer em média 6,2% ao ano até 2023. Isso se deve, em grande parte, ao aumento do poder aquisitivo da classe média brasileira, que tem investido cada vez mais em itens de decoração e design para suas casas.
Além disso, com a retomada da economia e a flexibilização das medidas de distanciamento social, a expectativa é que as vendas em lojas físicas voltem a ganhar força. Com isso, as empresas de design no Brasil poderão investir em novas lojas, ampliando sua presença em diferentes regiões do país.
Em resumo, o mercado de design no Brasil tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, especialmente em decorrência da pandemia do COVID-19. No entanto, as perspectivas para o futuro são positivas, com um aumento do poder aquisitivo da classe média e a retomada da economia impulsionando as vendas de artigos de decoração e design no país. Cabe às empresas do setor investirem em inovação e tecnologia para se manterem competitivas e aproveitarem as oportunidades oferecidas pelo mercado.